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Perda. É nessa palavra que tudo se resume para o filho que presencia a separação dos pais. E, por menor que seja a criança, ela deve aprender a lidar com as perdas adequadamente, sendo capaz de experimentar as frustrações.
Tudo isso é um pilar importante na construção de um equilíbrio emocional, afirmam os psicólogos.
A separação dos pais é um assunto que talvez nenhum filho pense até ter que passar por ele. No entanto, é uma decisão saudável se entre o casal já existe hostilidade e agressividade.
Nada é mais prejudicial para a saúde física e mental de uma criança do que conviver em um ambiente familiar infeliz e cheio de conflitos.
A reação dos filhos não é nada previsível. Isso vai depender de uma série de fatores como idade, estrutura e maturidade psicológica para lidar com a situação, relação com os pais, o apoio da família, entre outros.
Algumas crianças já entendem que a separação dos pais é a melhor saída para uma convivência mais digna. Outras apresentam agressividade, sintomas depressivos, tristeza, queda no rendimento escolar, falta de apetite, isolamento, birras e ansiedade.
A forma como os próprios pais encaram o processo irá influenciar na atitude dos filhos diante da separação.
Por onde começar?
Para que o processo seja menos traumático para a criança ou adolescente, em primeiro lugar, a notícia da separação deve ser dada pelos pais e não por terceiros.
Deve ser feita uma reunião, de preferência na casa da família, com os pais e todos os filhos para que não haja diferença no recebimento da notícia.
E nada de pressa: tenha tempo para conversar e ouvir, sem interrupção de outras pessoas.
Diga sempre a verdade
O viés da conversa é a verdade: papai e mamãe já não desejam mais conviver juntos. No entanto, continuarão sendo pai e mãe. É importante que o filho absorva a informação de que, na relação entre ele e o pai ou ele e mãe, nada mudará: o convívio continuará e o amor também.
Em alguns casos, as crianças demoram um pouco mais para compreender que apesar da dissolução do casamento, o homem e a mulher continuarão nos papéis de pai e mãe.
Outra questão fundamental é responder, em uma linguagem franca e compreensível, a todas as questões levantadas pelo filho. Isso dará a ele mais segurança para passar pelas dificuldades impostas pela separação.
Ninguém é culpado
Culpar o outro ou falar mal não leva a nada. Evite detalhar episódios de briga e desentendimentos entre o casal. Também deixe muito claro para o filho que a separação não ocorreu por responsabilidade dele.
Converse muito e explique que a decisão tomada é definitiva. Isso diminuirá as chances da criança fantasiar uma possível reconciliação.
Preparando para o futuro
É bom preparar a criança ou adolescente para um novo contexto de família. Isso quer dizer alterações na rotina diária, mudanças nos fins de semana e, mais para frente, possíveis novas famílias, incluindo novos irmãos.
Nunca, jamais
Seja qual for o panorama que irá se seguir após a separação, os pais não devem adotar uma atitude passiva. Compensações pelo período ruim ou falta de regras e limites adoecem a criança emocionalmente.
Comprar um presente a casa dia ou deixar que o filho faça o que quer não vai ajudá-lo a seguir em frente da forma correta.
Havendo alguma dificuldade, a ajuda de um psicólogo pode ser de grande valia nesse período, tanto para os pais saberem o que fazer quanto para os filhos terem um suporte emocional adequado para expor seus sentimentos, por meio da terapia.
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