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O transtorno de estresse pós-traumático consiste num adoecimento da mente, quando pensamentos negativos como de morte, depressão, tristeza excessiva, etc.; se tornam consistentemente repetitivos.
Geralmente o transtorno está associado a uma situação traumatizante que ocorreu na vida do indivíduo onde ele pode ter se sentido envergonhado ou humilhado, ou que tenha presenciado cenas de grande violência e de ameaça à sua vida.
Muitos brasileiros sofrem com esse transtorno, em parte devido ao grande índice de violência em nosso país.
É muito comum pacientes que procuram por psicólogos com o objetivo de aliviar esses conflitos internos.
A pessoa que tem o transtorno do estresse pós-traumático sofre muito, tem mal-estar constante, se isola de lugares ou horários nos quais tenha medo devido à situação previamente sofrida, deixando de andar sozinho ou mesmo dirigir.
ÍNDICE
- TEPT, irritabilidade e raiva
- Consequências do Transtorno de Estresse Pós-Traumático
- Sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático
- Comportamentos que podem estar associados ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático
- 5 sinais de que você não superou uma experiência traumática
- Tratamento para o Transtorno de Estresse Pós-Traumático
- O papel do psicólogo no tratamento do TEPT
TEPT, irritabilidade e raiva
A raiva e a irritabilidade são sintomas recorrentes em pacientes que apresentam quadros do Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT).
O acompanhamento psicológico é recomendado para tratamento e redução de danos que podem ser causados por quadros severos desse distúrbio.
Esses sintomas podem se manifestar com tanta intensidade a ponto de prejudicar as relações pessoais, e até mesmo causar danos físicos a quem sofre com TEPT.
Uma pessoa com quadro de Transtorno do Estresse Pós-Traumático pode se tornar agressiva tanto com outras pessoas, quanto se machucar devido à raiva e irritabilidade.
O Transtorno do Estresse Pós-Traumático é um distúrbio relacionado a ansiedade, no qual diversos sintomas psicológicos, físicos e emocionais se manifestam, mediante a recordação de eventos violentos.
Nesses casos, a vítima pode ter sido exposta a situações extremas, onde sofreu ameaça ou risco de vida, podendo ter sido testemunha de algum evento relacionado a terceiros.
Reviver a situação traumática é um medo tão real que o paciente sofre alterações neurofisiológicas e mentais, manifestando uma série de sintomas.
Algumas pessoas levam bastante tempo para procurar ajuda para tratar esse problema, o que pode agravar o quadro.
Nem todos os pacientes irão apresentar quadros de raiva e irritabilidade, pois, esse não é um critério para o diagnóstico do TEPT, mas frequentemente são sintomas associados a esse distúrbio psicológico.
Pacientes que manifestam raiva e irritabilidade, sentem como se isso os sufocassem, manifestando comportamentos violentos e/ou autodestrutivo.
Para identificar comportamentos motivados pela raiva e irritabilidade, associados ao TEPT, reunimos, ao longo desse artigo, uma série de situações que podem ocorrer e como lidar com esses quadros.
Ao identificar esses comportamentos, recomenda-se que o paciente busque um psicólogo que possa ajudá-lo a lidar com esses traumas.
Assim, terá o auxílio necessário para reduzir a incidência dos sintomas relacionados com o Transtorno do Estresse Pós-Traumático.
Consequências do Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Como consequência do TEPT, comumente a pessoa passa a ter pensamentos e sentimentos negativos sobre a situação presenciada relacionada a si mesmo.
Esses pensamentos repetitivos fazem com que a pessoa portadora do transtorno se sinta incapacitada de seguir adiante.
Em alguns casos, ao não buscar ajuda de um profissional, a pessoa se afunda em um mar de angústias, de pensamentos e ações negativas. Levando a atitudes extremas como, até mesmo, o suicídio.
Todas essas situações mexem racional e emocionalmente com a pessoa de forma profunda e, em muitos casos, são de difícil recuperação.
Essa é a origem do Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT), quadro que, quando não acompanhado por um psicólogo, tende a se agravar e dificultar o dia a dia do paciente.
Sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Ser submetido à uma situação de grande impacto como um assalto ou um acidente não é sinal garantido de que se desenvolverá o Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
Há pessoas que passam por casos como esses e conseguem se recuperar com mais rapidez e de forma menos traumática que outras.
Há também quem vá sofrer deste transtorno muito tempo após o fato em si e que, inclusive, nem relacione o mal-estar com aquele estresse passado. Por isso, é importante ficar atento aos sintomas do TEPT.
- Ansiedade: não se trata de querer antecipar problemas e discussões ou ficar pensando neles com preocupação. Nos casos de Transtorno de Estresse Pós-Traumático, a ansiedade é intensa e pode se tornar constante;
- Medo: seja dos locais, ações ou pessoas que remetam, direta ou indiretamente, à situação vivida;
- Insônia: a dificuldade para dormir pode aparecer e se agravar pelos dois fatores anteriores: ansiedade e medo;
- Afastamento: se o fato que gerou o transtorno aconteceu no trabalho, por exemplo, é comum que a pessoa não queira retornar à função e ao local;
- Dormência e tremores: além dos sintomas emocionais é possível ter sintomas físicos bastante incômodos, como a dormência dos membros ou tremores;
- Pesadelos e flashbacks: seja no estado inconsciente, quando se está dormindo, ou mesmo durante o dia a dia, é possível que a situação seja reavivada pela mente e aumente os outros sintomas.
Uma experiência traumática pode acarretar problemas por uma vida inteira. Para a psicologia clínica, a experiência traumática, se não tratada, tende a se perpetuar de forma gradativa. Ela pode se originar de diversas situações, tais como:
- Experiências passadas de abuso psicológico ou sexual;
- Negligência ou violência familiar;
- Acidente ou falecimento de alguém próximo.
Os efeitos da experiência traumática costumam ser sentidos por, praticamente, toda a vida.
O diagnóstico e o tratamento são muito importantes para reduzir os impactos na vida da pessoa.
Comportamentos que podem estar associados ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático
A hiperatividade e o TEPT
Raiva e irritabilidade são sintomas de hiperatividade. São sintomas relacionados com o TEPT, pois, frequentemente quem sofre com esse distúrbio tenta lutar ou fugir não apenas das lembranças com das sensações relacionadas com o trauma.
Isso gera ansiedade e prejudica o sono, causa irritabilidade e hipervigilância, fazendo com que o paciente nunca relaxe.
A pessoa sente-se ameaçada pela revivência, algo não racional, mas totalmente real e recorrente.
A raiva construtiva e destrutiva
Precisamos considerar que existe a raiva construtiva e destrutiva. Embora a raiva seja uma emoção associada a reações nocivas e frequentemente leve a comportamentos nocivos, a raiva por si só, não é um sentimento ruim.
Por isso cabe considerar que a raiva construtiva pode motivar a cura, a superação, o movimento e desejo de contornar situações difíceis, enquanto a raiva destrutiva pode levar a abusos e a violência.
Vale a pena considerar esses aspectos para lidar com a raiva e irritabilidade de modo assertivo.
Comportamentos agressivos nos relacionamentos
Muitas vezes pessoas com quadros de Transtorno do Estresse Pós-Traumático podem reproduzir comportamentos violentos em seus relacionamentos.
Isso está longe de ser uma regra, mas estima-se de cerca de 20% dos pacientes com TEPT podem ser agressivos com seus parceiros.
Se isso ocorre com você ou com alguém que você conhece, é importante buscar ajuda para reconhecer que esse pode ser um comportamento associado a quadros severos de TEPT, onde a irritabilidade e raiva extrapolam limites e trazem prejuízos reais para o paciente e quem se relaciona com ele.
Comportamentos autodestrutivos
Outro viés possível, resultante da raiva e irritabilidade, são os comportamentos autodestrutivos, autopunitivos, que podem inclusive colocar em risco a vida do próprio paciente com quadro de TEPT.
Voltar-se contra si mesmo, é uma forma de sufocar a raiva. E frequentemente isso ocorre, pois, o paciente não encontra formas saudáveis de lidar com a dor.
Assim o estresse, a raiva e a ansiedade alcançam níveis incontroláveis, sendo falsamente amenizadas por comportamentos autodestrutivos.
Por isso o abuso de substâncias, comportamentos de risco, atitudes catastróficas e inconsequentes, podem ser uma forma de canalizar a raiva.
Encontrar formas de lidar com a raiva e a ansiedade é fundamental para lidar com sintomas associados ao TEPT.
Não é fácil lidar com esses sentimentos quando perdemos o controle sobre eles.
Mas algumas atividades leves, meditação, prática de artes e até conversar com alguém da sua confiança pode ajudar muito a reduzir a tensão causada pelo Transtorno do Estresse Pós-Traumático.
Não é simples, mas reconhecer o problema e buscar lidar com ele, é um passo importante em direção a cura.
5 sinais de que você não superou uma experiência traumática
- Crises de ansiedade
A ansiedade nem sempre pode ser a causa de algum problema. Inclusive, o transtorno pode ser um sinal de um trauma não superado.
A síndrome de pânico, fobia, medo extremo podem ser resultado de uma experiência traumática. É comum, inclusive, que a pessoa tenha esses problemas sem saber o porquê.
- Conformismo e apatia
Os traumas podem limitar as nossas ações e restringir emoções, criando verdadeiras barreiras emocionais. Estes bloqueios interferem drasticamente na memória de nossas feridas e cicatrizes psicológicas não curadas, fazendo com que a pessoa não queira sair de sua zona de conforto.
Por esta razão, tanto a apatia quanto o conformismo são duas reações que a mente cria de forma a evitar mais dor e sofrimento.
- Toda forma de risco é um medo
Com o tempo, o trauma irá causar na pessoa uma espécie de administração inconsciente do medo. Isto é, o medo passa a assumir o controle da nossa vida. Todas as decisões tomadas e passos traçados serão realizados mediante o nível de segurança e medo que possuímos. Isso reflete uma falsa segurança.
- Isolamento
Quanto mais a pessoa tenta evitar o trauma a todo custo, mais ela fortalecerá o medo. Isso a faz querer se afastar das pessoas e do mundo exterior, deixando-a isolada.
- Sentimentos de ira e depressão
A experiência traumática não tratada desenvolverá outro sintoma: as atitudes agressivas. A fim de evitar a todo custo entrar na “zona de perigo” de seu trauma, o indivíduo tende a resistir às opiniões de outras pessoas, se defende de forma agressiva, estabelece um padrão de limites entre o que acredita e o que pensa ser o correto.
Estes são alguns dos mecanismos que a mente trabalha no sentido de evitar ao máximo as emoções para não obter mais dor e sofrimento.
Assim, como mecanismo de defesa, a agressividade parece ser algo consciente, já que “tudo e todos estão contra você”, mas se trata de uma reação permanente a uma experiência traumática.
As emoções reprimidas e o ocultamento delas geram um conjunto de sentimentos de amargura, ansiedade, depressão e a pessoa passa a culpabilizar os outros pelo seu sofrimento, quando não a si mesma.
Também pode ocorrer do próprio corpo físico começar a “desligar-se” sinalizando tensões cada vez mais frequentes e sérias pela experiência traumática, reconhecendo emoções que causaram dor.
Tratamento para o Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Não é nada fácil tratar uma experiência traumática, principalmente quando ela está profundamente enraizada em nós. A dor e os problemas vivenciados muitas vezes estão enraizados no inconsciente.
Pessoas com traumas sérios possuem maior chance de adquirirem problemas de saúde mental e física. A função da psicoterapia é fazer perceber, junto à pessoa, que existem caminhos para redescobrir a vontade de viver e de superar qualquer trauma.
O afastamento, um dos sintomas citados acima, tende a dificultar o tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
Muitas pessoas, ao passarem por situações que levem a esse quadro, tendem a acreditar que o melhor a ser feito é evitar o assunto e assim retomar a vida normalmente. Porém, subestimar o TEPT pode ser uma forma de torná-lo ainda mais grave.
Por mais difícil que seja é importante falar sobre o assunto e racionalizar sobre ele primeiro para só então conseguir internalizá-lo sem sofrimento.
Em alguns casos, além da terapia com psicólogo é importante que seja feita uma prescrição médica para remédios que possam contribuir com o tratamento.
A terapia também pode ser aplicada a um casal, como na perda de um filho, ou até mesmo, individualmente, para membros da mesma família. Tudo irá depender da situação que originou o Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
O papel do psicólogo no tratamento do TEPT
O papel do psicólogo é ajudar o paciente a superar o que ele viveu, para que a partir daí ele possa retomar tudo o que ele parou de fazer ou praticar devido ao trauma ocorrido.
Durante a terapia o indivíduo portador do transtorno aprenderá a interferir nos pensamentos negativos, nas atitudes que são influências dos pensamentos repetitivos para anular todo pessimismo causado pelo trauma.
O tempo é um fator importante no quadro de estresse pós-traumático: quanto mais tempo o paciente se encontra nessa situação é mais difícil inseri-lo novamente nas atividades que ele parou de fazer.
Dependendo do grau do transtorno a pessoa pode até ter abandonado emprego, família e amigos, então recoloca-lo à sua rotina de antes do transtorno fica mais difícil e leva mais tempo.
Todavia, apesar do tempo, a psicologia tem alcançado muito êxito na melhoria do quadro de pessoas com estresse pós-traumático, lembrando que, no tratamento, algumas vezes, é acrescentado também o uso de medicamentos prescritos por um médico.
Poder contar com um profissional ou um grupo de apoio ajuda o paciente a lidar com suas frustrações, medos e dores. Por isso é fundamental obter apoio e realizar algumas sessões de terapia para lidar com o TEPT.
Esse processo auxilia a lidar não apenas com a raiva, irritabilidade e ansiedade, como compreender o que acontece com você e seu corpo durante as crises de revivência, tornando tudo mais consciente e controlável.
O psicólogo tem papel fundamental no tratamento, podendo recomendar as melhores práticas para lidar com sintomas, até a superação do trauma, assim como, quando necessário, encaminhar o paciente a um psiquiatra, para tratamento medicamentoso.
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Acima de tudo isso temos que colocar Deus em primeiro lugar em nossa vida e depois procurar ajuda dos profissionais que Ele deu sabedoria ❤️
Olá, a fé inclusive é um aspecto importante no processo de cura dos pacientes juntamente com a ajuda de um profissional especializado. Abraços,