Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Amanda Mendes Martins da Costa - Psicólogo CRP 06/155761
Você já ouviu falar do transtorno do estresse pós-traumático? Esse é um distúrbio de ansiedade que pode afetar consideravelmente a vida pessoal, social e profissional de quem sofre com ele.
Daí a importância de ter um diagnóstico rápido e preciso para evitar prejuízos maiores.
Nesse sentido, preparamos este conteúdo para falar tudo sobre o estresse pós-traumático, o que é, causas, sintomas e as formas de tratá-lo. Confira!
O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) é um distúrbio de ansiedade originado após uma experiência violenta ou traumática.
Nessa condição, a pessoa passa a ter pensamentos negativos consistentemente repetitivos, como de morte, depressão, tristeza excessiva, entre outros.
Ou seja, o indivíduo vivencia um evento que representa uma ameaça à sua vida ou de pessoas à sua volta e, a partir disso, toda vez que relembra essa situação, ele desenvolve os sintomas físicos, emocionais e psíquicos do TEPT.
Convém mencionar que, no caso do transtorno do estresse pós-traumático, o medo é excessivo e constante, podendo prejudicar severamente suas relações, desempenho no trabalho e nos estudos, entre outras áreas.
Quais são as causas do TEPT?
Segundo o portal do médico Dráuzio Varella, estima-se que entre 15% a 20% dos indivíduos que estiveram envolvidos em alguma situação traumatizante desenvolvem este transtorno. Essas situações podem ser:
- Violência urbana;
- Agressão física;
- Abuso sexual;
- Terrorismo;
- Tortura;
- Assalto;
- Sequestro;
- Acidentes;
- Guerra;
- Catástrofes naturais ou provocadas.
Isso significa que qualquer evento traumático pode provocar o surgimento do TEPT.
Além disso, é importante saber que o evento não necessariamente precisa ter acontecido diretamente com o indivíduo em si. Ele pode desenvolver esse transtorno ao presenciar eventos traumáticos com outras pessoas – ou ficar sabendo sobre a ocorrência de tal.
Quais são os sintomas do transtorno do estresse pós-traumático?
Após passar por uma situação traumática, é normal se sentir desconfortável, incomodado, com medo e triste. Isso não significa que você desenvolveu o TEPT.
Na realidade, o que vai sugerir que um indivíduo possui esse transtorno de ansiedade é a intensidade das emoções, como o medo excessivo, e a persistência dos sentimentos e pensamentos perturbadores por meses ou anos.
Dito isso, os sintomas que podem ser apresentados nesse quadro são:
Lembranças persistentes
Esses são os sintomas de vivenciamento. Aqui, o indivíduo revive involuntariamente o acontecimento traumático por meio de pensamentos repetitivos e angustiantes ou até mesmo pesadelos.
Nesses casos, pode ser comum a pessoa ter a forte sensação de que o evento está acontecendo novamente.
Sintomas físicos
As lembranças persistentes de um evento ruim torturam e incomodam o indivíduo, o que pode desencadear nele algumas reações físicas, como:
- Taquicardia
- Tremores
- Dores de cabeça
- Tonturas
- Náuseas
- Sudorese
- Dormência
Agitação exagerada
O medo excessivo faz com que a pessoa com o TEPT fique em estado de alerta constantemente. Assim, ela pode ficar bastante agitada, com dificuldades para se concentrar e dormir e, ainda, sofrer com a tensão e o nervosismo frequentes.
Por causa disso, os momentos de explosões de raiva e acessos de fúria passam a ser comuns.
Raiva e irritabilidade
Como mencionado anteriormente, os quadros de raiva e irritabilidade podem se manifestar na vida de indivíduos que sofrem com o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Isso acontece porque as lembranças persistentes “sufocam” esses pacientes, o que faz com que eles manifestem comportamentos violentos com terceiros e/ou autodestrutivos.
Emoções negativas
Quem passa pelo transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), pode desenvolver emoções e sentimentos negativos sobre si. Nesse sentido, é comum passar a se sentir culpado e ter vergonha pelo acontecimento.
Esse é um sintoma muito comum em pessoas que sofreram situações de abuso sexual, por exemplo.
Isolamento social e rompimento de relações
O indivíduo com TEPT tende a evitar lugares, atividades, objetos e pessoas que lembrem-no de alguma forma do acontecimento traumático.
Além disso, ele pode também passar a ter dificuldades para confiar nas outras pessoas e a manter relacionamentos, sejam eles amorosos, familiares ou profissionais.
Com isso, ele se isola e enfraquece os laços construídos ao longo da vida.
Convém mencionar que, apesar de esses serem os principais sintomas do transtorno do estresse pós-traumático, nem todo indivíduo com TEPT apresentará todos os sinais mencionados. Isso vai variar de pessoa para pessoa.
Por que existem pessoas que passam por eventos traumáticos e não desenvolvem este transtorno?
Nem todas as pessoas que vivenciam uma situação traumática desenvolverão o TEPT. Isso acontece porque alguns indivíduos têm uma predisposição maior para desenvolver transtornos psicológicos, enquanto outros não.
Assim, apesar de ainda não serem completamente conhecidos os fatores para essa predisposição, sabe-se que questões genéticas e ambientais podem interferir no processo.
Além disso, fatores pessoais, como o temperamento, a personalidade e a pré-existência de outros transtornos mentais, podem ser fortes agentes para um indivíduo desenvolver o transtorno do estresse pós-traumático, assim como outros.
Sinais de que você ainda não superou um trauma
Todos nós em algum momento da vida passamos por situações que podem gerar traumas e gatilhos. Mas como saber se você superou ou não uma questão?
É muito importante ter esse autoconhecimento para garantir que esse evento traumático não se transforme em um TEPT.
Sendo assim, listamos a seguir alguns sinais de que você pode não ter superado um trauma e que, portanto, precisa ficar em estado de alerta:
Crises de ansiedade
As frequentes crises de ansiedade podem ser um sinal de um trauma não superado. Isso significa que a síndrome de pânico, fobia e medo extremo podem ser resultados de uma experiência traumática.
É comum, inclusive, que a pessoa tenha esses problemas sem saber o porquê.
Conformismo e apatia
Os traumas podem limitar as nossas ações e restringir emoções, criando verdadeiras barreiras emocionais. Esses bloqueios interferem drasticamente na memória de nossas feridas e cicatrizes psicológicas não curadas, fazendo com que a pessoa não queira sair de sua zona de conforto.
Por essa razão, tanto a apatia quanto o conformismo são duas reações que a mente cria de forma a evitar mais dor e sofrimento.
Toda forma de risco é um medo
Com o tempo, o trauma causará na pessoa uma espécie de administração inconsciente do medo. Isto é, o medo passa a assumir o controle da sua vida.
Assim, todas as decisões tomadas e passos traçados serão realizados mediante o nível de segurança e medo que ela possui. Isso, no entanto, reflete uma falsa segurança.
Isolamento
Quanto mais o indivíduo tenta evitar o trauma a todo custo, mais ele fortalecerá o medo. Isso o faz querer se afastar das pessoas e do mundo exterior, deixando-o isolado.
Sentimentos de ira e depressão
A experiência traumática não tratada desenvolverá outro sintoma: as atitudes agressivas.
A fim de evitar a todo custo entrar na “zona de perigo” de seu trauma, o indivíduo tende a resistir às opiniões de outras pessoas, se defende de forma agressiva e estabelece um padrão de limites entre o que acredita e o que pensa ser o correto.
Esses são alguns dos mecanismos que a mente trabalha no sentido de evitar ao máximo as emoções para não obter mais dor e sofrimento.
Vale dizer que as emoções reprimidas e o ocultamento delas geram um conjunto de sentimentos de amargura, ansiedade, depressão e a pessoa passa a culpabilizar os outros pelo seu sofrimento, quando não a si mesma.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do transtorno do estresse pós-traumático deve ser realizado por um psiquiatra. Para isso, ele deve seguir os critérios estabelecidos pelo DSM-IV (Manual de Diagnóstico dos Distúrbios Mentais) e o CID-10 (Classificação Internacional das Doenças).
Nesse sentido, o primeiro critério é que haja um agente estressor, isto é, um evento traumático que tenha sido responsável pelo surgimento do TEPT. Lembrando que o acontecimento pode ter sido diretamente com o indivíduo ou com pessoas próximas a ele.
O segundo critério refere-se à duração dos sintomas. É necessário que eles se façam presentes na vida do indivíduo por pelo menos um mês.
Além disso, cabe ao profissional realizar uma hipervigilância. Ou seja, ele precisa fazer uma análise criteriosa para descartar doenças orgânicas e outros transtornos psicológicos, como a síndrome do pânico e a depressão.
Ainda sobre os critérios para o diagnóstico do transtorno do estresse pós-traumático, é necessário que essa condição provoque sofrimento significativo e prejudique o andamento de importantes áreas da vida da pessoa, como ocupacional e social.
Assim, caso o indivíduo se enquadre em todos esses critérios, então o médico especialista pode concluir o diagnóstico do TEPT.
Quais são as formas de tratamento do TEPT?
O tratamento do transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) é feito, em sua maior parte, pelo acompanhamento psicológico. Ele vai ajudar o paciente a enfrentar o seu medo e o próprio trauma. Além disso, a psicoterapia será eficaz para o controle da ansiedade.
O método mais utilizado é o da terapia cognitivo-comportamental. Entretanto, a depender do paciente, podem ser indicadas outras abordagens.
Além disso, vale destacar que a terapia pode ser aplicada a um casal, como na perda de um filho ou, até mesmo, de forma individual, mas para membros da mesma família. Tudo irá depender da situação que originou o transtorno.
Em alguns casos, também pode ser necessário o uso de medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos para aliviar os sintomas do transtorno. Para isso, será necessário passar por uma consulta com o médico psiquiatra.
O papel do psicólogo no tratamento do TEPT
O papel do psicólogo é ajudar o paciente a superar o que ele viveu, para que, a partir daí, ele possa retomar tudo o que parou de fazer ou praticar devido ao trauma ocorrido.
Assim, durante a terapia, o indivíduo portador do transtorno aprenderá a interferir nos pensamentos negativos e nas atitudes que são influências desses para, assim, anular todo o pessimismo causado pelo trauma.
Convém mencionar que o tempo é um fator importante no quadro de estresse pós-traumático: quanto mais tempo o paciente se encontra nessa situação, mais difícil será reinseri-lo nas atividades que ele parou de fazer.
Todavia, apesar do tempo, a psicoterapia tem alcançado muito êxito na melhoria do quadro de pessoas com essa condição.
Sendo assim, o mais importante é procurar ajuda assim que perceber que as lembranças de alguma vivência negativa tem prejudicado a sua vida, seja com sintomas físicos ou psicológicos, ou orientar uma pessoa próxima que esteja passando pelo problema.
Psicólogos para Estresse pós-traumático
Conheça os psicólogos que atendem casos de Estresse pós-traumático no formato de terapia online por videochamanda e também consultas presenciais em São Paulo:
-
Ane Rodrigues
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Ane Rodrigues tem expertise em questões como ansiedade, depressão, pânico, fobias, estresse, TOC, TDAH, luto, ciúmes exacerbado, conflitos familiares etc...
Valor R$ 230(R$ 120 a 1ª consulta)
Posso ajudar comMaternidadeAnsiedadeAutoconhecimentoAutoestimaCarreirapróximo horário:
Consulte os horários -
Yasmin Ramos
Consultas presenciais
Consultas por vídeoAtua com base na abordagem da Análise do Comportamento em conjunto com a Terapia Cognitivo Comportamental. Possui capacitação em Neurolinguística, Inteligência emocional, Instrumentos para avaliação psicológica e psicodiagnóstico. Realizou diversos cursos de extensão e aprimoramento...
Valor R$ 230(R$ 120 a 1ª consulta)
Posso ajudar comAnsiedadeAutoconhecimentoAutoestimaCarreiraCasaispróximo horário:
Consulte os horários
Quem leu esse artigo também se interessou por:
- Depressão: o que é, sintomas e o tratamentoA Depressão é um transtorno de humor que causa sentimento constante de tristeza, com sintomas característicos que precisam ser tratados
- Ansiedade: o que é, sintomas e tratamentosSaiba o que é a ansiedade, sua relação com a preocupação e a angústia, como identificar sintomas e como controlar e tratar a ansiedade
- Estresse: o que é, sintomas e tratamentoseSaiba o que é o estresse, seus sintomas, tipos comuns, as causas, consequências e tratamentos para ter uma vida mais leve e equilibrada
Outros artigos com Tags semelhantes:
- 4 maneiras de parar de se odiarEm algum momento da nossa vida podemos acabar nos odiando. Leia sobre como parar de se odiar. Se esta chamada causou algum impacto em você, talvez seja um questionamento [...]
- O que é insôniaA insônia é um distúrbio que prejudica a capacidade de adormecer ou permanecer adormecido ao longo da noite, acarretando problemas cognitivos (atenção, memória e criatividade), além de problemas de [...]
- Nervosismo antes de fazer uma provaSeja no vestibular, na escola, trabalho ou até na hora de tirar a habilitação, o nervosismo está sempre presente? Este problema é bastante comum. Nervosismo e ansiedade são reações [...]
Autor: psicologa Amanda Mendes Martins da Costa - CRP 06/155761Formação: A psicóloga Amanda Mendes atua em seus atendimentos com base na TCC - Terapia Cognitivo Comportamental e na Psicanálise, com flexibilidade na utilização de métodos cognitivos comportamentais, atendendo adultos e terapia de casal em questões de ansiedade, relacionamentos, questões profissionais...
Acima de tudo isso temos que colocar Deus em primeiro lugar em nossa vida e depois procurar ajuda dos profissionais que Ele deu sabedoria ❤️
Olá, a fé inclusive é um aspecto importante no processo de cura dos pacientes juntamente com a ajuda de um profissional especializado. Abraços,