Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Amanda Mendes Martins da Costa - Psicólogo CRP 06/155761
Você sabe em quais situações que a Terapia de Casal é necessária e como ela funciona?
Muitas pessoas relutam em admitir quando têm problemas, sejam eles problemas profissionais, familiares, questões internas ou conjugais.
Esse comportamento de negar um problema acaba causando impactos negativos, principalmente quando os conflitos envolvem uma segunda pessoa.
Isso acontece porque relacionamento a dois é complexo: saber qual é a sua parcela de contribuição para o surgimento e desenvolvimento desses conflitos, entender que nem tudo acontece da maneira que você planeja, respeitar o espaço e as limitações do outro e aprender a equilibrar as ações, sabendo a hora certa de ceder e de se valorizar são alguns dos muitos detalhes que fazem a diferença na construção de uma relação conjugal.
A terapia de casal é uma modalidade da psicoterapia com foco em problemas conjugais. Psicólogos recebem casais de idades, origens e credos variados para tratar de impasses cuja resolução parece impossível.
Quando os casais aceitam fazer terapia de casal para solucionar um ou vários problemas do seu relacionamento, eles nem sempre sabem o que vão encontrar.
Da mesma forma, as circunstâncias que levaram o casal a se encontrar com o psicólogo podem deixar os cônjuges ou um dos cônjuges na defensiva.
Ao perceber que você e o seu cônjuge não estão mais conseguindo dominar a relação e que a vida de casal se tornou sinônimo de brigas, discussões e desentendimentos, talvez seja o caso de buscar a Terapia de Casal.
Sumário
- O que é Terapia de Casal
- Principais motivos que levam casais a buscarem a Terapia de Casal
- O que fazer quando o cônjuge não tem interesse em fazer Terapia de Casal
- Como lidar com os conflitos dentro de uma relação
- Até que ponto uma briga de casal é normal
- Como uma crise mal resolvida pode afetar profundamente uma relação
- Terapia de Casal para quem namora
- Como acontece, na prática, a Terapia de Casal e o papel do Psicólogo
- As 7 dicas para aproveitar melhor a Terapia de Casal
- Psicólogos que realizam Terapia de Casal
O que é Terapia de Casal?
A Terapia de Casal é uma das modalidades clínicas que mais tem crescido nos últimos tempos.
O objetivo da Terapia de Casal é contribuir com a resolução dos conflitos, abrindo espaço para uma comunicação mais reflexiva e assertiva, buscando um alinhamento entre as expectativas do casal.
Nesse contexto, o psicólogo atua de maneira a identificar padrões previamente estabelecidos e busca ampliar a visão do casal propiciando o diálogo, que muitas vezes não ocorre no cotidiano dos parceiros – e a falta de diálogo é, inclusive, uma das principais queixas entre os casais.
O aconselhamento conjugal ou a “Terapia de Casal”, como também é conhecida, geralmente é vista como uma das medidas “extremas” que os parceiros buscam para tentar reparar os danos de seu relacionamento, quando o mesmo já se encontra em um estado crítico.
E é importante ressaltarmos que essa é uma ideia equivocada, pois a Terapia de Casal não serve somente para consertar problemas, mas também contribui para evitar que pequenas fagulhas se transformem em um incêndio dentro da relação.
Em outras palavras, a Terapia de Casal pode proporcionar resultados inestimáveis para o relacionamento e não deve ser procurada somente quando as coisas vão de mal a pior.
Com a ajuda de psicólogo especializado, é possível superar traumas, curar mágoas e promover o bem-estar de ambos, para que a relação seja saudável e feliz.
Principais motivos que levam casais a buscarem a Terapia de Casal
O conceito do amor romântico é muito disseminado em nossa sociedade, seja em filmes, novelas e livros.
Grandes atos de amor e sacrífico seguidos por breves momentos de angústia, além de um final feliz para fechar bem a história.
Pode não ser o retrato exato das relações amorosas, mas certamente chama a atenção de multidões.
Sendo assim, os relacionamentos amorosos costumam ser altamente idealizados.
A maioria das pessoas sonha em encontrar o parceiro ideal, alguém 100% compatível com elas. O casamento nem sempre é o objetivo final, mas a ideia de encontrar um amor verdadeiro.
Os relacionamentos na vida real são bem diferentes dos da ficção. Isso porque as histórias de amor em sua maioria estão interessadas em apenas mostrar a conquista.
E a convivência diária? E as divergências de opiniões? E as obrigações conjuntas do casal? Essas questões não costumam ser retratadas.
Infelizmente não é novidade que o número de divórcios tem aumentado com o passar dos anos.
Índices provam esse aumento. A falta de paciência, que leva à falta de diálogo, está entre os grandes motivadores de brigas e discussões. Um agente importante para que esses problemas primários ocorram é a acomodação.
Quando o casal ou uma das partes pensa que é normal trocarem ofensas, se desrespeitarem ou não terem diálogo, acabam por se acomodar e vivem normalmente dentro dessa “união”.
Uma relação saudável se constrói pelo respeito às diferenças do outro. E quando isso não existe mais, dificilmente terão uma relação resistente ao menor dos problemas.
Se uma pessoa cultiva a ideia do amor romântico em demasia, ela pode se ver paralisada diante das características que tornam os relacionamentos reais e humanos.
É comum casais encontrarem problemas na maneira como se relacionam.
Divergências de comportamentos, opiniões e crenças fazem parte de qualquer tipo de relacionamento.
O problema, na verdade, não é ter desentendimentos, mas não saber como lidar com eles.
A terapia de casal pode ser um excelente recurso para o casal com dificuldade para solucionar os seus problemas. Eles podem estar ligados à:
- Insegurança;
- Controle;
- Dependência emocional;
- Cobranças incessantes;
- Problemas financeiros;
- Disfunções sexuais;
- Ciúmes excessivo;
- Infidelidade;
- Opiniões diferentes para criar os filhos;
- Resistência à mudança.
Assim como falamos anteriormente, muitas podem ser as razões que levam um casal a buscar pelo auxílio de um profissional.
Cada casal, em sua intimidade, sabe de suas questões, inseguranças, dúvidas e conflitos internos.
E muitas vezes os casais não se sentem à vontade de abordar, entre si, essas questões.
Por isso, a intermediação de um profissional com técnicas específicas ajuda o casal a colocar para fora aquilo que os aflige.
Alguns dos principais motivos que levam casais a buscarem pela Terapia de Casal são:
- Equilibrar as diferenças individuais dentro do relacionamento;
- Melhorar a comunicação;
- Aprender a dividir as obrigações dentro da relação;
- Identificar e traçar metas e objetivos em comum;
- Acabar com a competição e com as inseguranças;
- Desenvolver estratégias para fortalecer a união e manter o compromisso;
- Melhorar a vida sexual;
- Superar uma traição;
- Melhorar a qualidade geral do relacionamento, obtendo satisfação matrimonial;
- Entender as necessidades do outro.
Cada vez mais nos consultórios de psicologia a procura pela Terapia de Casal tem aumentado.
Além de ser uma das áreas mais estudadas e desenvolvidas nos últimos tempos, a procura por melhorias e mudanças nas relações entre as pessoas também tem ganhado grande importância.
Do mesmo modo que na Terapia Individual considera-se a história de vida do paciente, na Terapia de Casal deve-se olhar para a história do relacionamento, lembrando que cada casal é único, para que sejam planejadas intervenções compatíveis com o que acontece com os parceiros e que faça sentido para os seus estilos de vida.
A Terapia de Casal se faz necessária principalmente porque estamos falando de duas vidas que vem de históricos de vida diferentes e estavam acostumadas a viver ao seu modo, mas que passam a viver juntas.
Com a decisão de dividir o mesmo teto e acordar todos os dias ao lado da mesma pessoa, ocorrem mudanças no estilo de vida que nem sempre estamos preparados a lidar.
As queixas são diversas, que podem ser desde a escolha por ter ou não filhos, o modo como um responde o outro, ou, até mesmo, o quanto coisas externas estão interferindo na relação do casal, como atividades de lazer, círculo de amizades, uso da tecnologia, dentre outras.
Ao buscar a ajuda de um especialista, entende-se que o casal já deu um grande passo em busca de melhorar o relacionamento, o que é fundamental para o início do processo terapêutico e deve ser reconhecido pelo terapeuta.
O que fazer quando o cônjuge não tem interesse em fazer Terapia de Casal
Embora seja uma ótima alternativa para relacionamentos em crise, a Terapia de Casal ainda é vista como um tabu, com bastante relutância por algumas pessoas.
Muitas vezes, o cônjuge sugere esta alternativa como uma maneira de corrigir os desvios na relação, mas é podado por um parceiro ou uma parceira resistente.
O que acontece na maioria das vezes é que a decisão por procurar ajuda e começar a terapia geram ainda mais brigas.
Sempre haverá alguma das partes que não assume a necessidade da terapia, sempre joga a “batata quente” para o outro. E o mesmo, tem que agarrar a batata com todas as forças afim de que ela não caia.
Muitas vezes é difícil que ambos parceiros se disponham às sessões de Terapia de Casal. É muito comum, no entanto, as pessoas procurarem a Terapia Individual com foco em relacionamento.
Nesses casos, uma das partes vai receber ajuda do psicólogo para aprender lidar com as situações difíceis na vida a dois. A mudança de comportamento mesmo com a terapia individual é muito evidente e eficiente.
Ainda há um certo preconceito por parte de quem não frequenta a terapia, pensamentos de “como vou abrir minha vida diante de uma pessoa que não conheço” ou “vou deixar alguém que não conheço interferir nas minhas relações ou no meu modo de portar”, mas logo esses pensamentos são extraídos ao sentir-se leve ao falar do que sente e o efeito positivo que a terapia causa.
É bastante frequente que um membro do casal queira fazer Terapia de Casal porque entende que irá ajudar no fortalecimento da relação e o outro não. As argumentações mais comuns de quem não quer participar da terapia são:
- Não acredita que a terapia pode ajudar;
- Acredita que somente o outro é responsável pelo problema do relacionamento;
- Sente-se desconfortável em dividir assuntos íntimos com um terceiro;
- Não acredita mais na relação e por isso entende que não há motivos para fazer terapia.
Evidentemente que não há como forçar alguém a ir para a terapia. Mas, o que fazer então?
Uma das coisas que podem ajudar nestes casos é que a outra pessoa esteja aberta a ouvir e entender mais sobre o assunto, antes de iniciar o tratamento propriamente. Ler sobre profissionais qualificados que atendem casais, entender os benefícios que a terapia trará para a relação e, mais importante: entender como isso é importante para quem está querendo iniciar a terapia.
Se você está buscando melhorar seu relacionamento conjugal e seu parceiro ou parceira não quer participar da Terapia de Casal, é bastante importante saber que é possível você começar a ajudar a sua relação através da Terapia Individual.
Quando um dos parceiros promove mudanças, a dinâmica do relacionamento automaticamente muda e o parceiro ou parceira acaba reagindo de alguma maneira a essa mudança.
Mesmo que você queira fazer terapia e o seu cônjuge não queira, fazer Terapia Individual poderá mudar a situação de seu relacionamento em pouco tempo – até mesmo despertando no outro a vontade de iniciar a terapia também.
O indivíduo que faz a psicoterapia estará mais receptível a ouvir novos pontos de vista a respeito do seu relacionamento (se estiver indo à terapia por iniciativa própria), podendo também ver, com outros olhos e de outro ângulo, o que realmente está acontecendo em seu relacionamento, quais pontos precisam ser mudados e o que fazer para que essa mudança aconteça.
É fundamental que a pessoa que não tem interesse em fazer terapia não se sinta obrigada ou forçada. Isso só faz com quem a terapia seja vista ainda mais com maus olhos, gerando desconforto e estresse, dificultando ainda mais a flexibilização dessa pessoa de experimentar os benefícios de um processo terapêutico em algum momento.
Como lidar com os conflitos dentro de uma relação
Você já deve ter ouvido falar que “o amor é como uma flor”. Em todos os tipos de relacionamento, esse ditado não podia ser mais verdadeiro.
Como uma flor delicada, que deve ser cultivada com paciência, carinho, tolerância e sabedoria, o amor também é assim: isso ajuda a lidar com as crises e evitar discussões e mal-entendidos.
Algumas pessoas são instáveis ou difíceis de lidar. E, muitas vezes, pequenas coisas podem significar o fim de um grande amor. Nestes casos, podem haver consequências até mesmo como ansiedade ou depressão.
Isso acontece porque todo mundo quer estar certo, ninguém quer ceder e, por essa teimosia desnecessária de ambas as partes, muitos casamentos já acabaram.
Não permita que isso aconteça com vocês. Pense bem no motivo da discussão e se pergunte: isso é realmente importante?
Claro que, se o assunto for realmente sério e grave, de maneira alguma você deve ir contra suas convicções ou valores pessoais; porém, se o motivo for coisa de pouca importância, será que não é melhor concordar, em nome da paz e felicidade doméstica? Reflita!
4.1 Quando você não confia mais no seu cônjuge
Confiança é tudo em um relacionamento. Como você poderá entregar seu coração, suas inseguranças e planos de vida, a alguém em quem você não confia?
É torturante e desgastante viver com desconfianças, com medo e com ciúmes. Todos sofrem tremendamente com isso, e esse estado de acumulo de sentimentos negativos não costuma acabar bem.
Para a desconfiança há um único remédio efetivo: o diálogo. Sente-se com seu parceiro ou sua parceira e converse. Exponha seus sentimentos e diga os motivos pelos quais você se sente receoso em confiar. Seu parceiro ou parceira tem direito de saber o que você pensa sobre a relação, e também mostrar o seu ponto de vista a respeito.
Porém, se realmente houve, por exemplo, uma traição, ou algo que justifique a quebra da confiança, é o momento de se perguntar se vale a pena continuar com o relacionamento ou se existem chances de isso se transformar em algo bom – geralmente, nesse momento os casais buscam o auxílio de um psicólogo.
Muitas pessoas gostam de espionar, ler e-mails, rastrear o (a) parceiro (a) nas redes sociais, contratar detetives, etc.
Em longo prazo, no entanto, esse tipo de comportamento simplesmente mata qualquer relação. Afinal, ninguém gosta de se sentir vigiado o tempo todo, por mais que não tenha nada a esconder.
4.2 Quando seu cônjuge não confia mais em você
Agora, o outro lado da moeda: seu cônjuge não confia mais em você. Demonstra ciúmes excessivos, monitora tudo que você faz, acusa você de coisas que você não fez e desconfia até da sua sombra. Viver assim é impossível, sufocante, asfixiante. Como proceder?
Como dito no tópico anterior, o diálogo sincero é sempre a melhor saída. Fale sobre como você se sente, mostre que não há motivos para a relação seguir por esse caminho. Em certos casos, a desconfiança nasce de traumas passados com relacionamentos anteriores, e a pessoa tem medo de que aquela situação se repita novamente.
Nesse caso, é necessário ter paciência, e talvez seja necessária a ajuda de um psicólogo de confiança para auxiliar na superação desse temor.
Muitas vezes, o casal se ama de verdade, não pretende se separar, mas a relação se tornou insustentável – o que fazer?
Nessas horas, é importante reconhecer suas limitações e que, nem sempre, somos capazes de contornar tudo sozinhos – nesse momento é a hora de procurar ajuda profissional.
Se um dos parceiros se sentir relutante, vá sozinho. A terapia ajudará você a enfrentar os problemas com mais serenidade e a ter visões diferentes das situações, com empatia e compreensão.
Até que ponto uma briga de casal é normal
Desentendimentos e conflitos fazem parte de um relacionamento. No entanto, há momentos em que as brigas passam dos limites e deixam de ser uma etapa saudável de discussão.
O que acontece é que, com o estresse do dia-a-dia, problemas externos e pressão profissional, muitas vezes as pessoas trazem esses problemas para dentro da vida do casal, descontando suas angústias e frustrações no parceiro.
São poucas as situações em que vale a pena discutir. É preciso entender que os conflitos e diferenças de opinião são normais e nem sempre é possível mudar o modo da outra pessoa enxergar a vida e o mundo.
O respeito é fundamental nessas horas para que o casal “concorde em discordar” e deixe de brigar por coisas que não vão mudar.
Quando as discussões não levam a lugar nenhum, é sinal de que o casal não está mais conseguindo se comunicar, se colocar um no lugar do outro e tentar entender o ponto de vista alheio.
Esse é o limite: chegou a hora de tomar uma atitude, procurar a ajuda de um psicólogo e tentar recuperar a harmonia e entendimento do relacionamento, por meio da psicoterapia.
O psicólogo pode ajudar atendendo apenas um dos parceiros e avaliando as suas questões e problemas pessoais ou pode, em terapia de casal, atender os dois ao mesmo tempo.
É bem interessante contar com a ajuda de um psicólogo, pois ele pode oferecer o autoconhecimento, esclarecimento e incentivo que estava faltando para a melhora do relacionamento.
5.1 Confira 5 sinais de que as brigas passaram do limite
Sinal 1. Vocês passam mais dias com brigas do que sem:
Se você anotasse na sua agenda, ao final de cada dia, se houve uma briga naquele dia, no final do mês teriam mais dias com ou sem brigas?
Se a resposta for com brigas, é sinal de que algo não vai bem. Os dias felizes e de cumplicidade precisam ser maioria, afinal, ninguém quer passar a vida discutindo, brigando, guardando mágoas e rancores.
Sinal 2. Troca de ofensas:
Se um casal está de junto, é sinal de que se ama e se respeita. Ou, pelo menos, é assim que deveria ser.
Se durante as discussões, os parceiros trocam ofensas, xingamentos e palavrões, o respeito já não faz mais parte da relação.
Não se permitam que esse tipo de tratamento se torne comum no relacionamento, pois isso não é normal e nem saudável para ambos, e pode destruir a autoestima e o romantismo.
Sinal 3. Não existe mais um foco:
Vocês começam discutindo pela gaveta da cozinha que está bagunçada e, quando reparam, já estão falando sobre a sogra ou sobre dilemas do passado.
Quando isso acontece é sinal de que o primeiro motivo da briga nem era tão válido assim, o que vocês queriam, na verdade, era um motivo para poder desabafar outras mágoas que estão guardadas.
Sinal 4. Brigas repetidas:
Se vocês já discutiram o assunto uma vez e não conseguiram entrar em um acordo, voltar mais uma, duas ou três vezes para aquele mesmo tema não vai ser a solução.
Quando as brigas começam a se repetir e são sempre motivadas pelas mesmas questões, é um grande alerta de que o casal não está conseguindo ser mais flexível, ter tolerância e vontade de melhorar a qualidade do relacionamento.
Sinal 5. Agressões:
Infelizmente, há situações em que as brigas de casais envolvem agressões físicas. Isso é inadmissível e não pode ser tolerado em hipótese alguma. Se isso acontece com você, afaste-se, procure ajuda e denuncie a situação.
Como uma crise mal resolvida pode afetar profundamente uma relação
Relacionamentos são feitos de altos e baixos. Brigas, discussões e estresses fazem parte da vida a dois, independentemente da fase em que o casal se encontra.
É normal que, no dia-a-dia, nos deparemos com questões que nos incomodam e tirem a calma.
Às vezes, sob pressão, acabamos deixando que os problemas acumulados de diversas instâncias da vida afetem o relacionamento.
No entanto, quando as discussões mais intensas se tornam frequentes e não se consegue encontrar soluções para as adversidades, é preciso parar e refletir sobre mudanças que podem ser feitas e atitudes tomadas para reverter o quadro e evitar que o relacionamento vá por água abaixo.
As decepções e frustrações de um relacionamento em crise podem afetar de forma intensa o modo de viver de uma pessoa.
O amor é um sentimento que envolve carinho, admiração, vontade de satisfazer e de estar perto.
Os amores podem ser duradouros e permanecerem por muitos anos, mas há também situações em que o sentimento se transforma, por diversos motivos, e não é mais suficiente para a manutenção de um relacionamento.
Vale ressaltar que isso não significa que o sentimento era falso.
Claro que cada casal possui suas características próprias e, por isso, a crise no relacionamento pode aparecer de maneiras bem distintas.
Alguns sinais indicam quando o relacionamento não vai bem e o amor já não é mais o mesmo.
Os sinais mais comuns de uma crise num relacionamento, são:
- Desinteresse:
Já não há a mesma vontade de estar perto, ter a companhia constante um do outro e criar programas para se fazer em casal, como jantares e viagens.
- Brigas bobas:
Tudo se torna motivo de discussão e o casal nunca consegue concordar em nada.
- Traição:
Um dos parceiros se sente atraído por outra pessoa e deixa-se levar, acontecendo a traição.
- Desrespeito:
Durante as brigas, xingamentos e trocas de ofensas são frequentes.
- Falta de sexo:
O casal não tem mais ímpeto para as relações sexuais.
Os sinais citados acima indicam crises muito sérias em um relacionamento, ou podem ser causados pela correria do dia a dia, a pressão no ambiente de trabalho e o estresse.
Outro fator que acaba causando problemas no relacionamento é a chegada dos filhos. Mesmo sendo um momento de muita alegria para o casal, a vida muda completamente e as suas rotinas precisam ser readaptadas.
Com isso, é bem comum que esposas e maridos se sintam perdidos e não saibam mais dizer se o amor ainda existe, ou se eles permanecem juntos por conta de um amor maior, que é o filho.
Se o casal está em dúvida, a melhor ideia é procurar a ajuda de um psicólogo. Em Terapia Individual ou em Terapia de Casal, é possível compreender a origem dos problemas, das insatisfações e das seguranças.
Algumas dicas valiosas também podem contribuir para que o casal possa entender o motivo da crise na relação, são elas:
- Admitam que existe um problema e conversem sobre ele:
Uma crise no casamento é um problema que precisa ser assumido e trabalhado com a consciência e o consenso de ambas as partes. De nada adianta apenas um dos envolvidos se preocupar em resolver as questões sem que o outro esteja disposto a dialogar.
- Não discutam de cabeça quente:
E quando se fala em diálogo, também é importante que ele ocorra de forma civilizada, pacífica, com calma e sem a interferência de terceiros.
Lembre-se de que os problemas de vocês são só seus e que amigos e familiares que – mesmo que de boa-fé queiram ajudar, podem acabar piorando o problema, pois não são pessoas neutras dentro da relação.
- Deixem os filhos fora disso:
Quando o casal possui filhos, também é fundamental que eles não sejam envolvidos nos problemas.
Poupe-os dos detalhes da relação de vocês e evite que tenham que carregar consigo um fardo que é dos pais.
- Procurem a ajuda de um psicólogo especialista em casais:
Se, por um lado, quem faz parte da vida do casal pode atrapalhar a resolução das desavenças, quem está de fora e possui experiência em resolução de conflitos de casamento pode trazer à luz pontos essenciais a respeito do relacionamento e ajudar a ver cada questão de uma nova perspectiva.
É esse o papel do psicólogo que trabalha com terapia para casais: mostra que relacionamentos passam por altos e baixos e ajuda o casal a entender que há formas de fazer com que a crise se resolva sem que danos permanentes prejudiquem a relação.
Assim, com a ajuda do psicólogo, o casal pode concluir se quer superar suas divergências e seguir em frente com o relacionamento ou, em alguns casos, se é melhor a separação.
Terapia de Casal para quem namora
Duas vidas se encontram, se apaixonam e descobrem gostos em comum.
Mas, mesmo com toda a paixão que existe no namoro, não podemos esquecer que esse o movimento é de encontro de dois seres únicos, com seus medos, anseios, valores e sonhos.
No desenrolar do namoro podem surgir situações que desestabilizam a relação e colocam o casal em cheque.
O objetivo da terapia nesta fase do relacionamento é superar esses conflitos e devolver a leveza que deve existir no período de namoro.
Pode até soar estranho para algumas pessoas, mas existe, sim, Terapia de Casal para quem namora – e esse tipo de terapia tem sido cada vez mais procurada.
O que ocorre é que temos a imagem de que o namoro é uma fase tranquila, sem conflitos e com muito romantismo. Mas a realidade, muitas vezes, não corresponde a esta imagem.
Por ser uma fase em que duas pessoas estão se conhecendo, podem suceder muitas dúvidas, desconfianças, dificuldade de diálogo e até brigas, principalmente quando esse casal possui planos de dar continuidade a essa relação para outros níveis, como um noivado e/ou casamento.
Ciúmes excessivos, discussões frequentes, cobranças, planos e interesses divergentes, intolerância, são algumas das causas de problemas de relacionamento entre namorados e que podem levá-los a buscar a terapia.
Nestes casos, o psicólogo é o aliado ideal para ajudar o casal a reencontrar (ou fortalecer) a harmonia ou, se o relacionamento estiver condenado, a entender que o rompimento é a melhor solução.
Certamente, antes de recorrer à terapia, o casal já fez várias tentativas para que o relacionamento volte a ter a harmonia que esta fase requer, porém sem sucesso.
Muitas vezes, a visão da realidade está prejudicada e cada um interpreta os problemas à sua maneira, não conseguindo enxergar através do outro, o que dificulta a compreensão da outra parte causando mágoas e ressentimentos.
A Terapia de Casal tem importância significativa no namoro. Afinal, se o casal procura por este recurso é porque deseja realmente ficar junto, entende que existe amor e quer fortalecer este relacionamento.
Quando não tratados os conflitos do período de namoro e a relação se encaminha para o casamento, os problemas podem se agravar ainda mais, fazendo com que o matrimônio já comece condenado a turbulências.
O papel do psicólogo na Terapia de Casal para namorados (as) é o de restaurar primeiramente a comunicação entre o casal, através do estímulo ao diálogo franco e sincero, em que cada um deverá expor o que o está incomodando e que tem mantido guardado.
É fundamental o entendimento por parte do casal, de que só existe harmonia no relacionamento se houver diálogo verdadeiro, nada deve ficar oculto.
Após restaurar a comunicação e tendo sido expostos os problemas de ambas as partes, o psicólogo ajuda a traçar estratégias para solucionar os conflitos existentes. E, também, orientar o casal na maneira de agir para que a relação estremecida possa voltar a ter forças.
O casal precisa realmente estar disposto a retomar o relacionamento, pois algumas situações propostas pela terapia poderão exigir algum esforço e renúncia. Sendo assim, a terapia orienta e apresenta soluções para que, em conjunto, chegue-se a um relacionamento melhor.
Porém, a decisão de manter e melhorar o relacionamento deve partir das duas pessoas envolvidas. Ambos precisam ter esse desejo e convicção.
Como acontece, na prática, a Terapia de Casal e o papel do Psicólogo
A Terapia Conjugal ou de Casal consiste em um tratamento em que há a participação de ambos, com o intuito de melhorar a interação do casal ou vencer dificuldades específicas que estejam vivendo.
Seja em um casamento, namoro ou noivado, a Terapia de Casal pode oferecer auxílio para colocar o relacionamento de volta nos trilhos.
Com o auxílio do psicólogo especialista em casais, os envolvidos na relação devem identificar as causas de seus conflitos e determinar quais mudanças devem acontecer para que ambos fiquem satisfeitos dentro da relação, seja na forma de se relacionarem, seja em suas mudanças pessoais.
A terapia não tem uma solução “mágica” para resolver todos os problemas entre o casal, mas pode mostrar o caminho para que os parceiros se entendam melhor, identifiquem as suas dificuldades e saibam como trabalhá-las adequadamente, sempre preservando o bem-estar individual de cada um.
Vale ressaltar, ainda, que o psicólogo utiliza uma série de abordagens, como recursos educacionais, componentes de mediação e técnicas de Terapia Individual – dependendo de quais dificuldades forem enfrentadas –, para que o casal aprenda a se comunicar, a enxergar o ponto de vista do outro e a interagir com respeito.
Os benefícios que a Terapia de Casal pode proporcionar são inúmeros e fundamentais para a relação, podendo variar de acordo com o perfil dos envolvidos. De qualquer forma, dentre os principais benefícios podemos citar:
- Mudanças na perspectiva do relacionamento;
- Recondicionamento dos comportamentos disfuncionais;
- Aproximação o casal, estimulando os envolvidos a expressar seus sentimentos sem receio de repressão;
- Melhora na intimidade entre o casal, promovendo resultados positivos até mesmo na hora de manifestar prazer sexual;
- Ressalta os pontos positivos da relação, como forma de auxiliar o casal a persistir e resistir perante crises e problemas.
Lembrando que os resultados dependem do nível de envolvimento de ambos os parceiros e o compromisso com todo o processo terapêutico.
Nas consultas, tudo o que envolve o casal, desde as famílias de origem e o ambiente em que costuma viver, será analisado.
O papel do terapeuta diante do casal é de ajudá-los a entender quando e como as “dificuldades” começaram e como estão afetando a vida a dois, para, então, capacitá-lo a analisar as situações e a encontrar formas de administrá-las.
Cabe ressaltar que na Terapia de Casal o foco está nas duas pessoas que, juntas, estão tentando melhorar ou mudar algo na relação, ainda que a individualidade dos parceiros também seja levada em consideração.
A partir daí, espera-se que o trabalho terapêutico apresente resultados positivos ao casal, como por exemplo, a capacidade de lidar com as diferenças e conseguir administrá-las a favor da relação.
Para alcançar todos esses objetivos é preciso encontrar as raízes dos problemas e buscar soluções de maneira assertiva, além de resolver as questões associadas à falta de afetividade e dependência emocional.
Além disso, é preciso equilibrar as diferenças individuais, compreender as necessidades um do outro e, é claro, buscar resoluções efetivas.
Portanto, na Terapia de Casal o psicólogo trabalha como uma espécie de mediador.
Ele não vai defender nenhuma das partes, mas vai procurar entender cada um enquanto indivíduo e o casal como um todo. Esse profissional ajuda a identificar os desvios que precisam ser corrigidos e as situações que devem ser expostas e discutidas.
É necessário que o casal sinta empatia pelo psicólogo para que haja envolvimento no tratamento. Se apenas um dos dois se sentir à vontade, o processo não fluirá como deve ser.
Caso o psicólogo perceba que existe problema de empatia ou confiança de uma das partes envolvidas, pode sugerir algumas sessões individuais para verificar o que está ocorrendo.
A privacidade sempre é mantida e respeitada na Terapia de Casal, ou seja, o que é falado em consultório individualmente não é comentado pelo psicólogo, a não ser que seja autorizado.
Se mesmo com todas as explicações e tentativas de convencimento, você não tiver sucesso, procure sozinho por um psicólogo para que ele possa verificar se está no caminho certo e sugerir ações mais assertivas.
As 7 dicas para aproveitar melhor a Terapia de Casal
O consultório onde é realizada a terapia de casal é um ambiente seguro e acolhedor, onde casais podem compartilhar tudo o que desejam – preocupações, angústias, medos, anseios e expectativas para o relacionamento.
O psicólogo conduz as sessões, mediando conflitos. É possível que eles irrompam mesmo na presença dele e resultem em alterações no tom de voz, acusações e declarações ásperas. O profissional também ajuda os casais a encontrarem o melhor caminho para ambos os cônjuges dentro da relação.
Mesmo sabendo disso, os casais tendem a encontrar travas durante a terapia. Às vezes, é necessário tocar em assuntos difíceis e expressar verdades indesejadas. Essa súbita saída da zona de conforto pode deixá-los desorientados. Outro problema comum surge quando um dos cônjuges vai à terapia contrariado e, por isso, possui dificuldades para se sentir à vontade e cooperar.
Para aproveitar tudo o que a terapia de casal tem a oferecer, confira as nossas dicas abaixo.
1. Escolha o psicólogo em conjunto
Quando apenas um cônjuge escolhe o psicólogo para iniciar a terapia, o outro pode se sentir excluído ou obrigado a comparecer. Ele também pode não se comprometer com as propostas da terapia. Afinal, ele pode ceder apenas para não ouvir reclamações do parceiro depois.
Do mesmo modo, o cônjuge que não participou da decisão pode sentir que o outro está trabalhando com o psicólogo contra ele.
O ideal é que essa escolha seja feita em conjunto. Ambos podem analisar as credenciais do profissional e a sua disponibilidade para ver se está de acordo com as suas rotinas. Como casais possuem trabalhos e compromissos diferentes, é preciso conversar sobre qual é o melhor dia e o horário para a terapia.
2. Seja honesto sobre os seus problemas
A honestidade é um dos pilares da terapia. Os pacientes precisam estar abertos a falar sobre si mesmos e seus problemas. O medo de ser julgado ou a vergonha por pensar e/ou agir de uma determinada maneira pode aflorar e criar uma barreira. Entretanto, com o passar das sessões, os pacientes costumam ficar mais confortáveis.
A honestidade é importante para que o psicólogo consiga genuinamente compreender as personalidades e anseios de cada cônjuge, além de entender as nuances de seus problemas conjugais. Caso contrário, a terapia acaba se tornando superficial.
3. Não jogue o jogo da culpabilização
Devemos assumir a responsabilidade por nossas ações, mas não alimentar a culpa a ponto de incentivarmos a estagnação. A culpa, ao contrário do que muitos pensam, não nos ajuda a resolver os nossos problemas. Ela nos paralisa e promove a vontade de se punir por ter agido de maneira considerada inapropriada.
Durante a terapia de casal, a culpa não possui utilidade. Casais que atiram “você é o culpado disso” para lá e para cá não encontram um terreno comum na relação e, ainda, instigam mais brigas.
Então, não caía no jogo da culpabilização! Permita-se revisitar questões antigas e problemas que normalmente lhe tiram do sério com seriedade, mas também com leveza. Além disso, escute o seu cônjuge com sinceridade.
4. Não fique na defensiva
Começar qualquer tipo de terapia pode fazer com que as pessoas entrem na defensiva. Entre os muitos objetivos do atendimento psicoterapêutico, está a superação de características negativas, as quais nem sempre estão evidentes para os pacientes.
Os conflitos constantes em um relacionamento podem ser motivados por problemas mal resolvidos de um dos cônjuges ou de ambos, ou de comportamentos adquiridos para atuarem como mecanismo de defesa. Na terapia, é possível chegar à raiz dessas questões e promover mudanças.
O caminho até lá, no entanto, pode ser um tanto desagradável. É preciso encarar os seus defeitos e erros de frente. Quando se está na defensiva, nada disso é possível. Pode ser ruim por alguns instantes, mas identificar e compreender os pontos negativos em si mesmo é essencial para promover mudanças e, consequentemente, ter uma vida mais leve!
5. Saiba os seus objetivos
É muito comum os casais decidirem “vamos fazer terapia” quando o relacionamento não vai muito bem. Embora saibam o que causa irritação, dúvidas e tristeza dentro da relação, eles não possuem objetivos específicos. Chegam ao consultório do psicólogo e despejam uma montanha de problemas no profissional de uma única vez.
Ter objetivos específicos ajuda os casais a terem uma direção nas sessões de terapia, além de motivação para continuar a terapia mesmo quando assuntos delicados são discutidos. Assim, é legal casais definirem o que desejam tratar com o psicólogo no início da terapia.
6. Fale as coisas importantes
Cada casal possui uma dinâmica única devido às suas personalidades, crenças e modos de criação igualmente únicos. Logo, as ‘coisas importantes’ que precisam ser faladas em voz alta também são distintas.
Mas o que seriam elas?
Algumas pessoas desejam expressar ou ouvir certos sentimentos para se sentirem seguras, validadas ou amadas. Por exemplo, ‘estou orgulhoso de você’, ‘eu me preocupo com você’, ‘eu não quero mais ninguém’ e outras frases. A terapia é o local perfeito para você falar o que sempre quis dizer ao seu cônjuge, mas tinha temor ou vergonha de fazê-lo.
Não guarde o que você considera importante dentro de si. Pode não haver outras oportunidades para você expressar seus sentimentos e, quando perceber, pode ser tarde demais para falar o que sempre esteve em seu coração.
7. Esteja aberto às mudanças
A terapia de casal consequentemente acarreta mudanças. Mudanças de pensamento, de comportamento, de hábitos e de crenças. Para algumas pessoas, apenas a possibilidade de mudar é assustadora, principalmente quando envolve outras pessoas. Se este é o seu caso, converse com o psicólogo sobre isso.
As mudanças são benéficas (e necessárias) para os relacionamentos amorosos. A monotonia e a insistência em perpetuar os comportamentos disfuncionais são alguns dos venenos que acabam com as relações. Assim, esteja aberto às mudanças!
Se tiver medo de mudar, expresse as suas inseguranças ao seu cônjuge para que ambos, em conjunto, possam encontrar jeitos de lidar com isso.
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