Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Kamilla Giacomassi - Psicólogo CRP 06/84766
A aceitação do transtorno mental é um tópico pouco debatido, mas extremamente importante. Esse sentimento influencia diretamente a saúde mental de quem precisa conviver com sintomas de ansiedade, depressão, síndrome do pânico, distúrbios alimentares, entre outros.
Como as condições que afetam à mente ainda são estigmatizadas, apesar das crescentes conversas sobre saúde mental e a importância de cuidar da mente, quem recebe um diagnóstico pode ter dificuldade para se aceitar.
A maneira como uma pessoa se enxerga determina a maneira como ela interage com a vida e trata a si mesma. As suas ações, pensamentos, objetivos e decisões são motivadas por sua autoimagem. Se ela é negativa, a tendência é tomar atitudes desfavoráveis para o próprio bem-estar.
Segundo psicólogos, é preciso ficar sempre de olho na autoestima por conta disso.
A visão negativa de familiares, amigos, colegas de trabalho e cônjuge também pode complicar o processo de aceitação da condição de saúde mental.
O tratamento para qualquer uma dessas condições somente é feito adequadamente quando a pessoa se aceita como ela é, bem como quando conhece bem a sua personalidade e como os sintomas interagem com ela. Para isso, ela precisa superar os medos e inseguranças que nascem com o recebimento do diagnóstico.
Relutância em aceitar o diagnóstico
É comum o diagnóstico de uma condição de saúde mental despertar muitas dúvidas e receios. Por exemplo, quando um indivíduo não possui conhecimento sobre a depressão, ele se deixa levar por cosias que os outros dizem e acreditam.
Ele pensa que está sendo preguiçoso, só precisa trabalhar um pouco para “voltar à ativa”, ou que “essas coisas de depressão e ansiedade não existem”. Assim, tem resistência para buscar a terapia e iniciar um tratamento.
Com o tempo, os sintomas se agravam e começam a se tornar debilitantes. É neste ponto que muitos pacientes chegam ao consultório do psicólogo ou do psiquiatra.
Outro cenário bastante comum acontece após o diagnóstico. A pessoa depressiva acredita que não pode fazer certas coisas por conta da sua saúde mental, então se priva de sonhar e viver. Ela se justifica dizendo que “tem depressão”, por isso, desiste antes mesmo de tentar.
Essa postura também é uma forma de resistência à aceitação do transtorno mental. Em vez de se ver como alguém com ambições e capacidade, o depressivo se rejeita e acredita não merecer o mesmo que os outros.
Uma parte significativa do tratamento da depressão (e de outras condições) é a disposição do próprio paciente. Ele precisa querer trabalhar em conjunto com o psicólogo para melhorar. É a mesma coisa com doenças do corpo. A mentalidade positiva e o esforço pessoal também são necessários durante o seu tratamento.
A dificuldade para se aceitar gera sentimentos e pensamentos negativos, empecilhos para o processo de cura do paciente.
Como aceitar que tenho um transtorno mental?
Uma pessoa pode demorar para aceitar a realidade do seu diagnóstico por inúmeras razões: medo do julgamento, vergonha de precisar tomar remédios ou fazer terapia, preocupação em parecer “fraco” para os demais, e conflito de crenças pessoais.
Se ela cresceu em um ambiente em que ter uma condição de saúde mental é considerado estranho ou frescura, ela pode entrar em negação para evitar se transformar naquilo que é temido.
Ainda que essa pessoa aceite começar a fazer terapia e tratar a sua saúde, ela pode avançar lentamente por ter todas essas pendências emocionais.
É difícil para muitos indivíduos falar abertamente sobre seus sintomas, admitir que fazem terapia ou confirmar que tomam medicamentos psiquiátricos. A preocupação com o julgamento alheio os leva a se fecharem uma bolha.
É claro que não precisamos compartilhar particularidades da nossa vida íntima se não quisermos, principalmente quando elas estão relacionadas à saúde. Entretanto, não devemos ter vergonha dessas mesmas particularidades.
Abaixo, separamos alguns tópicos para ajudá-lo a encontrar a autoaceitação nesse momento de incertezas.
Entendendo e compreendendo o transtorno mental
Um dos componentes do processo de autoaceitação é o autoconhecimento e a psicoeducação. Para você compreender como o seu diagnóstico interfere no seu comportamento e na maneira como você se relaciona com as pessoas, é preciso dedicar tempo para entender a sua condição.
Na terapia, os pacientes naturalmente aprendem sobre a depressão, ansiedade, transtorno de personalidade, burnout ou outra condição que possuem.
O psicólogo faz o processo de psicoeducação ao longo das sessões, mas os pacientes também podem trazer outras questões que não foram debatidas com profundidade ou dúvidas que surgem no dia a dia.
Conversar com pessoas ou ler relatos de quem tem ou já teve o mesmo diagnóstico também pode ser útil. Atualmente, existem múltiplos blogs e livros escritos por pessoas que batalharam contra a depressão, ansiedade generalizada, estresse pós-traumático, entre outros, que podem ser fontes de conforto para quem está passando pela mesma situação.
Além de esclarecer dúvidas, esse conhecimento vai ajudá-lo a ter mais confiança para encarar o dia a dia e lidar consigo mesmo.
Lidando com as percepções dos outros
As pessoas dizem e fazem muitas coisas sem pensar. Algumas acreditam que estão ajudando enquanto outras não compreendem que precisam buscar mais conhecimento para formarem uma opinião.
Elas podem dizer coisas como “tenha fé que vai passar”, “você tem tudo na vida, como está doente?”, “é só uma fase” ou “pessoas assim só querem chamar atenção” e acabar lhe magoando.
Você pode até começar a considerar se elas não estão certas quando esses comentários são frequentes.
Compreenda, no entanto, que as pessoas sempre vão julgar, fazer comentários desagradáveis e tirar as suas próprias conclusões das situações e do comportamento de outros indivíduos. E, nós não podemos controlar isso.
O que podemos fazer é nos fortalecer para não ficarmos abalados com essa conduta. Quando você tem autoconhecimento e aceita a sua depressão, ansiedade ou outra condição, está ciente de suas competências e do seu potencial.
Deste modo, a opinião dos outros deixa de causar impactos emocionais. Neste momento, você está doente, mas isso não significa que você é uma pessoa com menos valor.
Quando o comportamento inadequado vem da família, você pode dizer a eles como gostaria de ser tratado. As pessoas de fora do nosso círculo social apresentam uma relutância maior em querer compreender o porquê de certo comentário ser desagradável. Mas, você pode tentar conversar sobre isso com familiares!
Compartilhe informações sobre o seu diagnóstico, presenteio-os com livros sobre o assunto, convide-os para fazer uma sessão de terapia familiar e lhes informe sobre quais comportamentos lhe ajudam a ficar bem.
Cuidando de você mesmo
O fator principal do processo de autoaceitação é, sem dúvidas, você. Pratique o autocuidado no dia a dia, mesmo que você não esteja ainda muito feliz por ter recebido o diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno bipolar ou transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Mas o que é, de fato, autocuidado?
São atitudes que você pode tomar no seu dia a dia, as quais visam o seu bem-estar emocional, psicológico e físico. Por exemplo, fazer exercícios físicos, praticar meditação, controlar as suas finanças e comer alimentos saudáveis.
O autocuidado inclui, ainda, outros hábitos para cuidar da sua saúde mental no cotidiano, como cultivar boas amizades, tomar decisões visando o seu bem-estar, gerenciar o estresse do trabalho, praticar a gratidão e tratar-se com carinho.
Essas atitudes podem não parecer muito importantes quando colocadas ao lado das sugestões típicas de médicos e especialistas para manter a saúde. Entretanto, elas fazem uma diferença enorme na maneira como nós nos vemos e, consequentemente, vemos o mundo.
Quando você se coloca no centro da sua vida, deixa de se importar com o que não agrega em nada à sua felicidade.
Para quem tem alguma condição de saúde mental, praticar o autocuidado rotineiramente é ainda mais essencial. Uma pessoa ansiosa, por exemplo, pode se beneficiar com a prática de esportes e da meditação, duas atividades que acalmam a mente.
Levando às suas preocupações para a terapia
Converse com seu psicólogo sobre os seus medos. Por exemplo, você pode estar preocupado em decepcionar um ente querido por estar com depressão ou com a possibilidade de seu futuro ser diferente do imaginado por ter TOC.
Essas questões podem ser trabalhadas na terapia em conjunto com o tratamento psicoterapêutico. Então, não tenha vergonha de falar sobre elas!
Ter um transtorno mental não significa que você está fadado ao fracasso ou sofrimento. Milhares de pessoas ao redor do mundo convivem com condições de saúde mental todos os dias e, ainda assim, conseguem conquistar tudo o que querem.
Psicólogos para Transtorno de Personalidade
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Autor: psicologa Kamilla Giacomassi - CRP 06/84766Formação: A psicóloga Kamilla Giacomassi é formada Universidade Presbiteriana e possui uma especialização em andamento em Psicanálise pela AEP. Atua em demandas como síndrome do pânico, TDAH (Transtorno de Déficit e Atenção e Hiperatividade), fobias, lutos, entre outras.
estou com muita ansiedade e não queria tomar remédio mais cheguei ao meu extremo ,por conta de um relacionamento que não deu certo,aliás um relacionamento conturbado que a mulher avançava em mim e mexia muito com o meu psicológico tais com agredir pessoas verbalmente e a me agredir de forma que minha mente não consegue esquecer,hoje estou com depressao ansiedade e transtorno como me livrar disso.
Olá, que bom que você reconheceu que precisa de ajuda, esse é o passo mais importe. Busque ajuda o quanto antes para obter mais qualidade de vida! Abraço