Ingenuidade
“Ele é uma pessoa pura que só enxerga o lado bom de todos. A bondade está impregnada em seu ser e por isso consegue ver o que cada pessoa tem de melhor!”
Essa é uma afirmação que muitos fazem quando se deparam com alguém dotado de tamanha pureza, que prefere ver somente o lado bom de seus semelhantes. Infelizmente isso é prejudicial, pois essa “pureza” pode ser ingenuidade.
Como separar o otimismo da ingenuidade
Uma pessoa ingênua não tem ideia desse estado de consciência e por isso faz uma imagem positiva da vida sem tomar o cuidado de separar o joio do trigo, ou seja, pode ser enganada facilmente por uma pessoa de má índole.
Quando a pessoa vive neste estado permanente de pureza, com dificuldade em ver maldade nas pessoas e com todo tipo de ausência de segundas intenções na reação do próximo, é preciso procurar ajuda de um psicólogo, pois a ingenuidade traz consequências desastrosas na vida de quem enxerga tudo em “cor de rosa”.
Esse comportamento é muitas vezes elogiado por familiares, porque a primeira impressão é de que a ingenuidade parece bonita, prodigiosa e é confundida com pureza de alma.
Quando uma pessoa próxima a nós se enquadra nesse perfil, a obrigação é encaminhá-la até o consultório de um psicólogo para receber uma avaliação profissional e descobrir até onde é realmente pureza e onde começa a ingenuidade.
Equilíbrio e bom senso
A pessoa que vive com o rótulo de boazinha e pura, cedo ou tarde acabará caindo em uma situação embaraçosa pelo fato de não ver maldade nas intenções das pessoas ou no comportamento humano em geral.
Não que seja necessário ver o mal em tudo, mas uma dose de bom senso é importante para manter o equilíbrio.
Sem esse equilíbrio nas emoções e no senso de realidade, o apoio do psicólogo se torna necessário para auxiliar a pessoa a recobrar o bom senso e não viver como uma eterna vitima daqueles que tiram proveito de sua ingenuidade.
Relacionamento afetivo
No campo das relações afetivas, a ingenuidade é mais frequente. Mesmo que a pessoa seja equilibrada emocionalmente, o fato de estar apaixonada a deixa ingênua em algum momento da relação.
Isso não é perigoso na medida em que essa confiança, essa visão positiva acerca da pessoa amada, for recíproca.
Por outro lado, se o parceiro ou a parceira não está comprometido com o relacionamento, notar essa ingenuidade e procurar tirar vantagem, os estragos serão enormes e poderão gerar traumas para a pessoa que encarou o romance com uma visão falsa de pureza.
Você é ingênuo?
Identificar que alguém age com ingenuidade é fácil, mas e quando nós somos os ingênuos?
É difícil perceber esse estado emocional quando se é o personagem principal, a Poliana da história, aquela famosa personagem do livro escrito por Eleanor H. Porter, uma obra universal que conta a história de uma menina que enxerga tudo “cor de rosa”, sem nenhuma maldade, sempre acreditando no melhor das pessoas, chegando a ser incapaz de fazer algum mal a alguém.
Os Psicólogos
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A pessoa ingênua ou diagnosticada com a “Síndrome de Poliana” cria uma realidade distorcida e vive intensamente a sua brincadeira, atraindo para si uma legião de admiradores que também podem ser ingênuos ou interesseiros e aproveitadores.
Nesse caso, um psicólogo poderá ajudar o paciente a recuperar seu senso de realidade sem que ele se torne uma pessoa negativa, que passará a ver maldade em tudo, mas sim, que saberá quando alguém é de fato bom em suas intenções e ações e quando há uma segunda intenção nos gestos e até mesmo má fé nos atos.
Sim, é possível ser otimista sem ser ingênuo. Reflita sobre isso e se for o caso, procure o mais rápido possível o auxílio de um psicólogo e da psicoterapia.
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*Os textos do site são informativos e não substituem atendimentos realizados por profissionais.
Autor: Thaiana F. Brotto
CRP 06/106524 – São Paulo
FORMAÇÃO
Graduação em Psicologia pela PUC-PR em 2008. Pós-graduação em Terapia Comportamental pela USP. E pós-graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental pelo ITC