Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Rosana Tamyres Ferreira - Psicólogo CRP 06/139956
Adotar uma criança é um ato que exige um intenso preparo emocional dos futuros pais. Por isso, neste texto, abordaremos sobre como se preparar para adoção.
Afinal, além do fato de que ter um filho (independente da via) seja uma decisão para toda a vida, ainda há a questão de que, no caso da adoção, esse processo costuma vir carregado de emoções, desde a espera até a criação propriamente dita da criança.
Nesse sentido, se preparar emocionalmente para a adoção é uma forma de tornar esse momento mais sereno tanto para você quanto para a criança e permitir que ela realmente se sinta acolhida no novo lar.
Sendo assim, preparamos este conteúdo para falar sobre esse preparo emocional e psicológico no intuito de permitir uma adoção consciente e acolhedora. Confira!
Por que se preparar emocionalmente para adotar uma criança?
A decisão de ter um filho, independente de a via ser biológica ou adotiva, requer um bom preparo emocional por parte dos pais.
Primeiro porque novas responsabilidades surgirão e é preciso estar preparado para elas. Apesar de ser comum se sentir inseguro, é necessário se sentir preparado para lidar com cada desafio que a maternidade e a paternidade criam.
Mas fique tranquilo, pois com o passar do tempo e, principalmente, com o vínculo desenvolvido com a criança, os medos vão se esvaindo.
Além disso, é preciso refletir e compreender que a rotina e os costumes serão totalmente modificados após a chegada da criança, e isso requer um preparo psicológico para não haver frustrações com a quebra de expectativas.
No caso específico dos pais via adoção, ainda existe o fato de ter que se preparar para lidar com algumas outras questões específicas do processo, como:
- A ansiedade para ser agraciado com um filho;
- Quando e como contar sobre a adoção para a criança;
- Como lidar com as diversas reações que ela pode ter após o diálogo.
Como são muitas questões, vale a pena procurar o auxílio de um psicólogo para conseguir ter inteligência emocional para todas as possíveis situações.
7 dicas para se preparar emocionalmente para a adoção
Como forma de orientar os adultos que pretendem entrar na fila da adoção, listamos algumas dicas que podem ser úteis na hora de se preparar emocionalmente para esse processo e para a chegada aguardada do filho. Veja só!
1. Saiba qual é a sua motivação para adotar
Como qualquer outra importante decisão na sua vida, é essencial que você compreenda as suas motivações para adotar uma criança.
Você e o seu companheiro (se houver) devem se perguntar o porquê querem dar esse passo importante.
Perguntem-se se essa é uma decisão consciente e voltada para ter um filho de fato ou se há uma necessidade de preencher um vazio, por exemplo.
Isso é importante para que vocês tenham clareza e confiança e, assim, realmente possam acolher a criança que chegar como um filho de fato.
2. Não crie expectativas
Assim como em uma gravidez, no processo da adoção também não se deve criar expectativas e idealizações sobre a criança, nem sobre suas características físicas e nem comportamentais.
Afinal, isso pode trazer muitas frustrações e, inclusive, desafios maiores na hora de se relacionar com o filho.
Portanto, quando você tomar a decisão de ser pai ou mãe, tenha o coração aberto para receber a criança da forma como ela é.
Com isso, você terá maior serenidade e tranquilidade durante todas as etapas da criação.
3. Busque desenvolver o equilíbrio emocional
Como já mencionamos, o processo da adoção pode envolver a ansiedade e outras emoções acerca do tempo que se leva para finalmente ter o seu filho em casa e também com relação aos anseios, dúvidas e medos durante a criação.
Isso significa que é necessário buscar desenvolver um equilíbrio emocional e um autocontrole para evitar o surgimento de questões psicológicas, como as crises de ansiedade.
Para isso, vale a pena frequentar sessões de terapia a fim de que o psicólogo consiga te dar um direcionamento para manter a tranquilidade.
4. Saiba da existência da depressão pós-adoção
Assim como existe a depressão pós-parto, saiba que também existe a depressão pós-adoção. Essa é uma condição que pode se manifestar depois de um ou mais meses após a concretização da adoção e pode surgir por diversas razões, como:
- Não saber lidar com o filho;
- Acreditar que está sendo falho na criação;
- Dificuldade para se adaptar à nova rotina, etc.
Saber que esse transtorno existe é importante para diagnosticar os seus sintomas o quanto antes e, assim, procurar o tratamento adequado para preservar a sua saúde mental e de toda a família.
5. Não visite instituições de acolhimento
Algumas pessoas acham que visitar os abrigos e orfanatos pode agilizar o processo de adoção e/ou permitir a criação de um vínculo com alguma criança.
Acontece que essa ação, além de não otimizar o processo, ainda cria expectativas em você e nas próprias crianças, que podem ficar ansiosas para serem adotadas por você e se frustrarem por isso não acontecer. Afinal, é preciso respeitar os critérios da fila de adoção.
Portanto, esse é um processo que pode trazer dor para ambas as partes. Logo, é melhor evitar essas visitas a partir do momento em que você entrar na fila.
6. Esteja preparado para lidar com o preconceito
Infelizmente, o preconceito e os questionamentos de alguns amigos e familiares podem acontecer, como: “Por que você vai adotar?”, “Você vai ter essa coragem?”, etc.
Esteja preparado para lidar com essas reações negativas para que elas não afetem a sua decisão e nem te desestruture emocionalmente.
Sendo assim, tenha convicção de que esse é um passo que você realmente quer dar na vida. Além disso, ter algumas respostas prontas para todas as perguntas e comentários negativos pode te ajudar a não se sentir intimidado.
7. Dê tempo ao tempo
Apesar de parecer clichê, é importante dar tempo ao tempo em todo o processo da adoção. Isso significa que é preciso ter calma para a chegada do seu filho, algo que para muitos pode realmente demorar um longo tempo.
Além disso, é necessário se manter tranquilo para criar o vínculo com a criança. Saiba que, assim como no caso dos filhos biológicos, a construção dessa relação é gradativa e leva tempo.
Portanto, entenda que a criança vai precisar de um tempo para se sentir confortável na família e para confiar em você enquanto pai ou mãe. É uma descoberta que vai acontecer para ambos. Logo, não se pressione e nem se desespere.
Seguindo todas essas dicas, você se sentirá preparado emocionalmente para a chegada tão aguardada do seu filho.
Mas lembre-se: se encontrar dificuldades para se preparar psicologicamente, não hesite em contar com a ajuda de um psicólogo!
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Autor: psicologa Rosana Tamyres Ferreira - CRP 06/139956Formação: A psicóloga Rosana Tamyres Ferreira é pós-graduada pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa. Sua experiência em liderança, gestão de projetos e gestão de pessoas têm sido de grande importância em seus atendimentos na área clínica...