Preocupações excessivas: ansiedade, estresse e infelicidade
Você sabia que ser preocupado demais não é bom? Pois bem. Devemos tomar bastante cuidado com isso porque as consequências de ser uma pessoa muito preocupada com tudo podem ser bastante sérias.
Um pouco de preocupação é até saudável na medida em que nos torna atentos para nossas responsabilidades. Mas preocupações excessivas levam à ansiedade, estresse e, no final das contas, à infelicidade.
Mas como encontrar um equilíbrio? Vamos dar algumas dicas e deixar claro, também, quando é o caso de se procurar um consultório de psicologia.
A preocupação em excesso leva a pessoa a ter dores de cabeça, úlceras, insônia e problemas na pele, só para citar algumas das consequências físicas. As emocionais são ainda mais difíceis de lidar, como a paranoia, a fobia, a ansiedade, a depressão e o transtorno bipolar.
Outro problema, segundo psicólogos conceituados, é que a preocupação com tudo e com todos ocasiona a baixa imunidade. E, com isso, a pessoa fica muito mais exposta a doenças simples e também às mais graves.
Preocupações excessivas = medo do que está por vir
O conceito de preocupação está diretamente associado ao medo. Na maioria das vezes, o que sentimos, na verdade, é medo das coisas que podem nos acontecer. É por causa disso que, quando preocupados, podemos nos sentir angustiados, agitados emocionalmente, inquietos e assustados frente a um risco previsível ou iminente. Diante disso, precisamos conseguir identificar e controlar nossas preocupações para que possamos alterar nosso “estoque” de ansiedade.
Nas conversas que temos conosco (diálogos internos), as preocupações se traduzem em esperanças, sonhos, planos, decisões e atitudes. Assim, para controlar nossas preocupações e mantê-las num nível aceitável, devemos dizer para nós mesmos que não podemos exagerar.
Frases mentais do tipo: “Calma, isto não vai acontecer” ou “Pare de se preocupar com algo que ainda nem aconteceu” ajudam neste processo. Outra técnica eficaz para reduzir o nível das preocupações é imaginar cenas nas quais você já venceu certo problema ou está se saindo muito bem ao enfrentar uma determinada situação.
Tome muito cuidado quanto à antecipação de fatos. Se, como vimos, a preocupação é o medo de algo que ainda não aconteceu, não faz sentido sofremos por antecipação porque há grandes chances de tal fato nem acontecer. Outro tipo de preocupação é sobre coisas que imaginamos que estão acontecendo agora, mas longe dos nossos olhos.
É assim quando nos preocupamos, por exemplo, com o excesso de álcool que pode estar sendo ingerido pelo nosso filho na festa de aniversário que ele foi. É natural que isso às vezes nos aconteça, mas se estamos tendo este tipo de preocupação sempre, aí precisamos tomar uma atitude concreta.
O que seria uma atitude concreta?
Há vários procedimentos que podem ser adotados quando você percebe que o excesso de preocupações está comprometendo seu dia a dia pessoal e profissional.
Quando as preocupações geram um nível de estresse que está causando problemas como os já citados acima, uma alternativa simples é aprender a fazer meditação. Esta prática milenar ajuda a organizar nossos pensamentos de forma a direcioná-los para outros aspectos de nossa vida que não as preocupações e os medos.
Há ainda a possibilidade de começar a fazer exercícios físicos de forma regular ou ainda se dedicar a um hobbie, como por exemplo, colecionar algo ou fazer jardinagem. Tudo isso ajuda muito a “distrair” o cérebro e evitar os pensamentos ruins e recorrentes.
Porém, se nada disso ajudar, uma recomendação é buscar a ajuda de um psicólogo. Ele é o profissional capacitado para te ajudar a entender como você chegou neste ponto de ter preocupações em excesso e prejudicar sua saúde física e mental. É ele que vai, a partir disso, levá-lo à cura, por meio da psicoterapia.
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*Os textos do site são informativos e não substituem atendimentos realizados por profissionais.
Autor: Thaiana F. Brotto
CRP 06/106524 – São Paulo
FORMAÇÃO
Graduação em Psicologia pela PUC-PR em 2008. Pós-graduação em Terapia Comportamental pela USP. E pós-graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental pelo ITC