
Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Julia Maschio - Psicólogo CRP 06/195216

A Autonegligência é o nome dado ao comportamento de descuido com as próprias necessidades físicas, emocionais ou sociais, algo que, embora comum, muitas vezes passa despercebido no dia a dia.
Nesse sentido, cuidar de si mesmo pode parecer simples, mas, na prática, fatores como excesso de responsabilidades, baixa autoestima ou sofrimento emocional podem levar uma pessoa a abrir mão do autocuidado pouco a pouco.
Neste artigo, você vai entender o que é a autonegligência, como identificar seus sintomas, quais são suas causas, os efeitos que pode gerar e, principalmente, como tratar e prevenir esse padrão de comportamento. Boa leitura!
O que é a autonegligência?
Autonegligência é o ato de deixar de cuidar de si mesmo, mesmo quando se tem condições físicas e mentais para isso.
Esse comportamento vai além de momentos isolados de cansaço ou distração, trata-se de um padrão repetitivo de descuido com necessidades básicas, como alimentação, higiene, saúde, sono e bem-estar emocional.
Pessoas que sofrem com autonegligência frequentemente evitam buscar ajuda, não seguem tratamentos médicos ou ignoram sinais claros de que algo não vai bem.
Por isso, esse comportamento está relacionado à baixa autoestima, sentimentos de desvalorização ou quadros como depressão, ansiedade e traumas não resolvidos.
É importante entender que autonegligenciar-se não significa preguiça ou desleixo, mas sim um sinal de sofrimento psíquico que precisa de atenção.
Quais são os sintomas da autonegligência?
Os sinais de autonegligência podem variar de pessoa para pessoa, mas costumam envolver comportamentos repetitivos de descuido com a própria saúde, segurança e bem-estar. ,
Então, veja os principais sintomas:
- Falta de higiene pessoal (não tomar banho, não escovar os dentes, não trocar de roupa).
- Alimentação irregular ou inadequada, com longos períodos sem comer ou consumo excessivo de alimentos pouco nutritivos.
- Recusa ou abandono de tratamentos médicos, mesmo diante de diagnósticos importantes.
- Sono desregulado ou insuficiente, com insônia ou excesso de sono.
- Isolamento social, evitando contatos, encontros e interações afetivas.
- Ambiente doméstico desorganizado, sujo ou inseguro.
- Uso de roupas sujas, danificadas ou inadequadas para o clima.
- Falta de motivação para cumprir tarefas básicas, como estudar, trabalhar ou resolver questões do dia a dia.
- Dificuldade em priorizar o próprio bem-estar, colocando sempre as necessidades dos outros à frente das suas.
- Sentimentos persistentes de desvalorização, culpa ou falta de merecimento.
Perceber esses sintomas no dia a dia é fundamental para interromper o ciclo da autonegligência. Quanto mais cedo forem identificados, maiores são as chances de retomar o autocuidado e buscar ajuda adequada.
O que causa a autonegligência?
A autonegligência pode ser resultado de diversos fatores emocionais, psicológicos e contextuais. Muitas vezes, eles se combinam e criam um ciclo difícil de romper.
Entre as principais causas estão:
- Transtornos mentais, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e transtorno de personalidade.
- Baixa autoestima, com sentimentos de inferioridade, culpa ou de que “não vale a pena cuidar de si”.
- Histórico de traumas, como abusos, negligência na infância ou experiências emocionais dolorosas.
- Estresse crônico ou sobrecarga, especialmente quando a pessoa assume muitas responsabilidades e se anula.
- Isolamento social, com ausência de vínculos afetivos ou apoio emocional.
- Falta de sentido ou propósito de vida, levando à apatia e à perda de motivação.
- Problemas de saúde física ou limitações cognitivas, que dificultam o autocuidado.
- Ambientes desestruturados, como contextos familiares negligentes ou disfuncionais.
Entender as causas da autonegligência é essencial para lidar com ela de forma mais consciente e empática.

Quais são as consequências na vida de uma pessoa autonegligente?
A autonegligência não afeta apenas a rotina ou a aparência de quem a vivencia, ela pode comprometer seriamente a saúde física, emocional e social.
Com o tempo, o descuido contínuo cria um efeito dominó, que impacta diversas áreas da vida, gerando consequências como:
- Problemas de saúde física, como desnutrição, doenças não tratadas, infecções recorrentes e piora de condições crônicas.
- Comprometimento da saúde mental, com aumento de quadros de depressão, ansiedade, sentimento de vazio e apatia.
- Isolamento social, devido ao afastamento de amigos, familiares e ambientes de convívio.
- Queda de rendimento no trabalho ou nos estudos, pela falta de motivação, concentração e energia.
- Danos à autoestima, reforçando a ideia de que a pessoa não merece cuidado ou atenção.
- Desorganização da vida prática, como acúmulo de tarefas, inadimplência financeira e negligência com responsabilidades.
- Maior exposição a riscos, como acidentes domésticos, automedicação perigosa ou negligência em situações de emergência.
Como tratar a autonegligência?
Tratar a autonegligência exige paciência, apoio e, principalmente, uma mudança na forma como a pessoa se enxerga e lida com suas necessidades.
Não se trata de “forçar produtividade”, mas sim de reconstruir, passo a passo, uma relação mais cuidadosa consigo mesmo.
Então, abaixo separamos algumas estratégias que podem ajudar nesse processo:
1. Estabeleça pequenas metas diárias
Comece com objetivos simples, como escovar os dentes, tomar banho ou arrumar o quarto. Pequenas ações diárias ajudam a recuperar o senso de capacidade, criando uma base sólida para retomar o autocuidado aos poucos, sem pressão.
2. Crie uma rotina de autocuidado
Estabeleça horários regulares para dormir, comer e realizar atividades prazerosas. Uma rotina estruturada facilita o retorno ao equilíbrio físico e emocional, reforçando hábitos positivos e reduzindo a sensação de caos ou desorganização interna.
3. Aceite ajuda de pessoas próximas
Permita que pessoas de confiança estejam por perto, pois conversar, dividir responsabilidades ou apenas ter alguém por perto pode aliviar o peso do isolamento e fortalecer sua rede de apoio emocional durante o processo de recuperação.
4. Reavalie suas crenças sobre merecimento
A autonegligência costuma estar ligada à ideia de que a pessoa “não merece” cuidado. Questione esse pensamento e pense que todos têm valor e direito ao bem-estar. Além disso, cultivar autocompaixão é parte essencial do processo de cura.
5. Faça check-ups de saúde
Retomar consultas médicas e exames de rotina demonstra respeito pelo próprio corpo. Por menores que sejam as ações nesse sentido, elas ajudam a reconstruir a percepção de merecimento e mostram que sua saúde importa e merece atenção contínua.
6. Pratique o autoacolhimento
Evite cobranças excessivas ou autocríticas duras. Tratar-se com gentileza é fundamental. Respeite seu ritmo, valorize cada conquista – por menor que pareça, – e lembre-se de que se cuidar é um gesto de amor próprio.
7. Busque apoio psicológico profissional
A psicoterapia oferece um espaço seguro para entender as causas da autonegligência, trabalhar traumas e desenvolver estratégias de autocuidado. Com o acompanhamento de um profissional, é possível reconstruir a autoestima e retomar o cuidado consigo mesmo.
E como prevenir a autonegligência?
Prevenir a autonegligência significa cultivar o autocuidado como hábito diário e desenvolver uma relação mais saudável com suas próprias necessidades. Portanto, algumas atitudes que ajudam a evitar esse padrão são:
- Criar uma rotina equilibrada, com horários definidos para descanso, alimentação, lazer e trabalho.
- Manter conexões sociais, mesmo que sejam simples trocas com familiares, amigos ou colegas.
- Reconhecer seus limites e não se sobrecarregar com tarefas ou obrigações além do que consegue suportar.
- Praticar o autocuidado conscientemente, incluindo pequenas ações como tomar banho com calma, se alimentar bem ou dormir em horário regular.
- Buscar ajuda ao perceber sinais de desânimo prolongado ou dificuldade para realizar tarefas simples.
- Cultivar a autoestima, valorizando conquistas diárias e evitando comparações destrutivas.
- Reservar momentos para si, sem culpa, mesmo que curtos, como um passeio, leitura ou descanso já fazem diferença.
- Fazer acompanhamento preventivo com profissionais de saúde, mesmo quando tudo parece estar bem.
- Desenvolver autocompaixão, tratando-se com gentileza em vez de críticas excessivas diante de falhas ou dificuldades.
Reconhecer a autonegligência é o primeiro passo para mudar, pois, com apoio e pequenas ações diárias, é possível resgatar o autocuidado e viver com mais equilíbrio, saúde e bem-estar!
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Autor: psicologa Julia Maschio - CRP 06/195216Formação: Júlia Maschio é psicóloga pós-graduada em Psicopatologia Fenomenológica pela Santa Casa de São Paulo. Atende adultos, casais e adolescentes em questões de ansiedade, autoestima, luto, estresse e relacionamentos, com escuta sensível e olhar humano...
















