Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Yasmin Ramos Torres - Psicólogo CRP 06/163775
Largar o vício em cigarro é um desafio significativo, especialmente quando a ansiedade está envolvida.
Muitas pessoas se encontram presas nesse ciclo prejudicial, mas é importante saber que existem tratamentos efetivos disponíveis.
É comum que fumantes recorram ao cigarro como uma forma de aliviar a ansiedade.
No entanto, o tabagismo pode, na verdade, aumentar os níveis de ansiedade a longo prazo.
Então, a nicotina presente nos cigarros afeta o sistema nervoso, criando uma dependência que pode agravar a ansiedade.
Compreender essa relação é crucial para iniciar o processo de superação do vício.
A relação entre ansiedade e o tabagismo
O cigarro e a ansiedade estão frequentemente interligados em um ciclo complexo.
Embora o cigarro possa temporariamente aliviar a ansiedade em alguns momentos, o tabagismo crônico pode realmente aumentar os níveis de ansiedade a longo prazo.
Aqui estão algumas maneiras pelas quais o cigarro e a ansiedade estão relacionados:
1. Alívio temporário da ansiedade
Muitas pessoas recorrem ao cigarro como uma forma de lidar com a ansiedade aguda.
Assim, a nicotina presente nos cigarros tem efeitos estimulantes e sedativos no sistema nervoso central, o que pode causar uma sensação momentânea de alívio ou relaxamento.
No entanto, essa sensação é apenas temporária e pode levar ao uso repetido do cigarro como mecanismo de enfrentamento.
2. Dependência da nicotina
A nicotina é uma substância altamente viciante encontrada nos produtos de tabaco.
Então, quando uma pessoa fuma regularmente, o corpo se acostuma com os efeitos da nicotina e desenvolve uma dependência física e psicológica.
A falta de nicotina no organismo pode causar sintomas de abstinência, incluindo ansiedade, irritabilidade e inquietação.
Assim, esses sintomas podem incentivar o fumante a acender outro cigarro para aliviar a ansiedade da abstinência.
3. Impacto no sistema nervoso
O uso prolongado de tabaco pode ter efeitos negativos no sistema nervoso, afetando a regulação das emoções e aumentando a sensibilidade ao estresse.
A nicotina estimula a liberação de neurotransmissores, como a dopamina, que estão envolvidos na regulação do humor e na sensação de prazer.
No entanto, o uso crônico de cigarros pode levar a mudanças neuroquímicas e desequilíbrios no sistema de recompensa do cérebro, resultando em maior ansiedade e dificuldade em lidar com o estresse.
4. Crenças distorcidas sobre o cigarro
Algumas pessoas acreditam erroneamente que fumar ajuda a lidar com a ansiedade ou que é uma forma eficaz de relaxamento.
Assim, essas crenças podem ser reforçadas pelo condicionamento social e por representações culturais que associam o cigarro a momentos de prazer ou alívio.
No entanto, essa associação entre o cigarro e a ansiedade é ilusória e prejudicial a longo prazo.
É importante destacar que a relação entre o cigarro e a ansiedade é complexa e varia de pessoa para pessoa.
Nem todos os fumantes desenvolvem ansiedade e nem todas as pessoas ansiosas são fumantes.
No entanto, para aqueles que enfrentam ansiedade e vício em cigarro, é crucial abordar ambos os problemas de forma integrada, buscando estratégias de enfrentamento saudáveis, apoio social e tratamentos adequados – nestes casos, o apoio de um psicólogo pode ser essencial para este enfrentamento.
Terapia pode ser efetiva no combate ao fumo?
A terapia desempenha um papel importante no tratamento da ansiedade e no auxílio ao combate ao tabagismo.
Especificamente, a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que é uma abordagem amplamente utilizada e eficaz nesse contexto.
A TCC ajuda os indivíduos a identificarem pensamentos negativos e distorcidos que contribuem para a ansiedade e o vício em cigarro.
Por exemplo, muitas pessoas ansiosas têm pensamentos catastrofistas ou exagerados sobre eventos futuros, o que aumenta sua ansiedade.
Além disso, fumantes podem ter crenças distorcidas, como a ideia de que o cigarro é a única maneira de lidar com a ansiedade.
Assim, a terapia ajuda a desafiar e substituir esses padrões de pensamento disfuncionais por pensamentos mais realistas e saudáveis.
O que é trabalhado na terapia
A terapia ensina técnicas e estratégias de enfrentamento eficazes para lidar com a ansiedade e o desejo de fumar.
Então, os indivíduos aprendem técnicas de relaxamento, como a respiração profunda, a meditação e a visualização, que podem ajudar a acalmar a mente e reduzir a ansiedade.
Além disso, são ensinadas habilidades de solução de problemas e manejo do estresse, para que os indivíduos possam enfrentar os desafios do dia a dia sem recorrer ao cigarro.
Por este método, também é possível identificar os gatilhos que levam à ansiedade e ao desejo de fumar.
Isso pode incluir situações estressantes, emoções negativas, interações sociais, etc.
Ao identificar esses gatilhos, podemos juntos trabalhar para desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis e alternativas ao uso do cigarro, reduzindo assim a dependência.
A terapia proporciona um ambiente seguro e de apoio, onde os indivíduos podem expressar suas preocupações, medos e desafios relacionados à ansiedade e ao tabagismo.
Assim, os terapeutas oferecem suporte emocional, incentivam a motivação e fornecem um espaço para discutir as dificuldades encontradas durante o processo de mudança.
Esse suporte é essencial para ajudar os indivíduos a superar obstáculos, manter a motivação e seguir em frente.
É importante ressaltar que cada pessoa é única, e o tratamento psicoterapêutico deve ser adaptado às necessidades individuais.
Então, a terapia pode ser realizada individualmente, em grupo ou em combinação com outros tratamentos, como medicamentos para ajudar no combate ao tabagismo.
Tratamentos farmacológicos
Aliada da abordagem terapêutica, existem medicamentos disponíveis para auxiliar na superação do vício em cigarro e no tratamento da ansiedade.
Alguns medicamentos prescritos, como terapias de reposição de nicotina ou medicamentos que ajudam a reduzir os sintomas de ansiedade, podem ser utilizados com a devida orientação médica.
Estratégias de enfrentamento saudáveis
Encontrar maneiras alternativas de lidar com a ansiedade é fundamental para evitar recaídas.
Assim, incentive a prática de atividades físicas regulares, técnicas de relaxamento, como a meditação e a respiração profunda, além de buscar apoio social e participar de grupos de apoio para compartilhar experiências e obter suporte emocional.
Metas realistas e a celebração de conquistas
Ao enfrentar o desafio de largar o vício em cigarro e gerenciar a ansiedade, é essencial estabelecer metas realistas e mensuráveis.
Portanto, celebre cada conquista ao longo do caminho, seja ficar um dia sem fumar, lidar com um momento de ansiedade sem recorrer ao cigarro ou alcançar um objetivo de redução gradual do consumo.
Comemorar as vitórias fortalece a motivação e a confiança em si mesmo.
Superar o vício em cigarro e lidar com a ansiedade é um processo desafiador, mas possível com a abordagem correta.
É para isso que um apoio psicológico ideal pode facilitar este processo, desenvolvendo métodos e estratégias de enfrentamento saudáveis e eficazes.
Então, lembre-se de que cada passo dado em direção a uma vida livre do cigarro e mais equilibrada emocionalmente é uma vitória pessoal.
Mantenha-se comprometido, seja paciente consigo mesmo e busque ajuda quando necessário.
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Yasmin Ramos
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