Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Amanda Mendes Martins da Costa - Psicólogo CRP 06/155761
Ser sincero é uma excelente característica, mas é importante, também, que se tenha bom senso na hora de usar a sinceridade. Quando em excesso, a sinceridade pode ofender e magoar o outro.
Há pessoas que sentem muita dificuldade para estabelecer até onde é possível ser sincero e, por conta disso, acabam se prejudicando nas suas relações pessoais e de trabalho. O mundo corporativo não perdoa indivíduos assim.
Então, se você faz parte deste grupo, procure um psicólogo para entender melhor porque isto ocorre e como controlar.
Alguns acreditam que uma das regras da boa educação dita que uma pessoa educada é aquela que se mantém de boca fechada. Mas isto não é 100% verdade. O ideal é saber controlar a língua, ser capaz de dizer coisas agradáveis, mas também saber ser crítica quando necessário.
Você até pode e deve, em algumas situações, falar uma coisa negativa sobre e/ou para o outro. Mas é preciso cuidar da forma e do tom de como fazer isto sem magoar seu interlocutor.
Quando pequenos, aprendemos que a sinceridade é uma virtude e que sempre devemos falar a verdade. Sem dúvida, ser sincero é ser verdadeiro e honesto.
Porém, há situações em que a sinceridade acaba atrapalhando e tendo consequências sérias. Isto porque, às vezes, em uma relação com um amigo, colega de trabalho ou familiar, a sinceridade pode pôr tudo a perder, dependendo da interpretação que o outro dá ao que ouve.
O papel do psicólogo, neste contexto, é orientar o paciente a administrar como agir e identificar, da melhor forma possível, a dose de sinceridade adequada para cada caso.
Para fazer a melhor escolha quanto a ser sincero ou não, o melhor é observar com quem você está lidando. Reflita se em determinada situação a chamada “boa mentira” pode funcionar com aquela pessoa. Há casos, também, em que simplesmente a omissão pode causar um efeito bem menos nefasto do que a sinceridade absoluta.
E, há ainda, aqueles momentos em que, mesmo sendo difícil, você vai ter que ser sincero, falando a verdade, mesmo que a pessoa na hora se revolte.
Mas, depois, ela vai se sentir melhor e entender que foi para o bem que você agiu assim. Uma crítica sincera e honesta ajuda a melhorar não só o outro, mas a comunidade onde se vive.
Como a psicologia entende a sinceridade em excesso
A linha entre a sinceridade e a franqueza desmedida é muito tênue, segundo a psicologia. O excesso de franqueza significa falta de autocontrole. Por isso, nada como ter bom senso e cuidado para saber dosar com moderação os ímpetos de franqueza e sinceridade. Devemos ser sinceros, mas não a ponto de ferir o outro. Vamos ver alguns exemplos práticos.
Você é convidado para um jantar na casa de amigos. Na hora de comer, percebe que a comida está ruim. Você deve falar para os anfitriões que não gostou da comida? Não é necessário.
Coma pouco e diga que está de dieta ou que comer muito à noite não lhe faz bem. Também não precisa dizer que está tudo uma delícia. Não expresse nenhum julgamento sobre a comida.
A sinceridade em excesso só é aceita quando falamos de crianças. Elas são francas porque ainda não sabem que uma palavra mal-empregada, por exemplo, pode ferir alguém.
Por isso, relevamos quando ouvimos uma criança sendo franca demais. Mas quando um adulto diz uma coisa negativa que pensa, sem filtro, causa antipatia e até corre o risco de perder um amigo.
No ambiente de trabalho, como já dissemos, o cuidado deve ser redobrado. Imagine um profissional dizendo para seu chefe que não gosta dele e que não vai fazer o mínimo esforço para aceitar seus pedidos e suas orientações. Não é possível, não é mesmo?
Cuidados para evitar a sinceridade em excesso:
- Elogie
sempre que possível; - Quando
for preciso reclamar, escolha bem as palavras e não seja grosseiro; - Na
hora de criticar, escolha o momento certo e use termos adequados; - Evite
perguntas indiscretas; - Ao
ser perguntado sobre alguma coisa, seja verdadeiro, mas sem ofender; - Tome
cuidado na hora de dar conselhos, não exalte os defeitos da pessoa, mas suas
qualidades; - Evite
fazer parte de círculos de fofocas; - Conforme-se
que, às vezes, uma ‘mentirinha branca’ pode ajudar nas relações.
Claro que é importante sermos verdadeiros em nossas relações, expormos o que estamos sentindo e pensando. Porém, o que os estudos da área de psicologia alertam é quanto ao perigo de se confundir sinceridade com o excesso de franqueza, como já dissemos. É o exagero que pode causar consequências negativas.
O segredo está em saber se policiar para não falar tudo que vem à cabeça. Saiba expressar sua opinião, mas tenha sempre uma boa dose de cautela e sabedoria para não usar mal as palavras e causar danos para os outros e para você mesmo.
Procure ser sincero consigo mesmo
Já quando estamos falando em ser sincero consigo mesmo, aí não há espaço para inverdades. Porque aquele que mente para si mesmo tende a viver um conflito interno atormentador.
O ser humano precisa ser verdadeiro consigo próprio, reconhecendo suas próprias faltas e administrando internamente seus fracassos e falhas. É assim que estas fraquezas são superadas.
No trabalho do psicólogo, voltado à terapia de casais, é muito comum surgir conversas sobre situações em que a sinceridade deve ser aplicada como se fosse um remédio, ou seja, nas doses certas, já que em excesso, pode até matar, não é mesmo?
Às vezes, o parceiro ou parceira já está deprimido e triste com um episódio que acabou de acontecer no trabalho, por exemplo. Ele chega em casa e conta como agiu e você percebe na hora que ele errou. O que falar? Apontar o dedo na ferida?
É aí que se deve contar com as pequenas falsidades, que são mecanismos fundamentais para não atrapalhar ainda mais o estado de desânimo do outro. Amenize seu comentário, com frases do tipo: “entendo como você está se sentindo” ou “você precisa relaxar porque amanhã as coisas vão estar mais claras”.
Elas funcionam muito mais como calmantes do que comentários do tipo: “você errou, não deveria ter falado isso” ou “com esse seu comportamento, você mereceu o que aconteceu depois”.
O silêncio é de ouro
As palavras ferem, causam mágoas e se você perceber que não é indicado dar sua opinião num determinado momento, o silêncio é a melhor solução. Já dizia o velho ditado: a palavra é de prata, o silêncio é de ouro. Durante uma discussão, quando os ânimos estão exaltados e quase não há tempo para se falar o que se está pensando, melhor que um comentário desmedido é calar-se.
Isso evita deixar o interlocutor magoado e, raramente, causa arrependimento. Quando estamos ansiosos, sob pressão e inseguros, temos dificuldade em nos expressar corretamente e ter uma fala bem articulada. O mais recomendado é organizar as ideias e deixar para falar depois, quando a conversa estiver mais calma.
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Achei muito bom o texto acima, falou muito comigo.
Olá, Marcelo! Tudo bem?
Obrigada pelo feedback e por nos acompanhar por aqui.
Abraços!
Obrigada pelo excelente conteúdo, foi esclarecedor e direto sobre minhas duvidas com o assunto. Parabens
Eu gostei muito do texto. Descobri através dele e de outro, que preciso faz muito tempo de um psicólogo. O problema, é que não tenho dinheiro para pagar nem uma sessão. Por enquanto, ficarei com os textos, já dá pra ter uma noção. E sim, eu tenho isso de sinceridade ao extremo mesmo me esforçando para não machucar as pessoas. Ainda não aprendi a controlar 100%. Sigo tentando. Obrigada mais uma vez pelo ótimo conteúdo!
Olá, Evellyn!
Obrigada pelo seu feedback.
Sobre buscar auxílio terapêutico, existem faculdades, hospitais e postos de saúde que fazem atendimento psicológico gratuito. Dê uma pesquisada próximo ao seu bairro.
Abraços,
Psicóloga Thaiana
Excelente texto, enriquecido com ótimos esclarecimentos. Preciso de você Dra!.
Olá,
Obrigada pelo seu feedback. Fico feliz que tenha gostado do conteúdo. Você pode entrar em contato com as minhas secretárias pelo telefone (11) 98922-1818.
Abraços,
Psicóloga Thaiana
É muito bom esse conteúdo, e mim traz muitas sabedoria , por isso que tem gente que não reconhece o seu gesto de falar com outras pessoas
Olá Ricardo, fico feliz que o conteúdo tenha te ajudado. Obrigada pelo seu comentário, abraços
ah sim: o conteudo mim ajudou muito e continuo lendo e relebrando esse assunto
e eu agora fico muito feliz , obrigadão Brotto. um abraço. ajudou muito mesmo.