Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Yasmin Ramos Torres - Psicólogo CRP 06/163775
A gastrite emocional é um termo popularmente utilizado para descrever dores e desconfortos no estômago que surgem em momentos de estresse ou ansiedade.
Embora os sintomas possam ser intensos e muito semelhantes aos da gastrite fisiológica, é importante entender que emoções não causam inflamação no estômago, e, portanto, não configuram uma gastrite do ponto de vista médico.
Então, neste artigo, vamos esclarecer o que realmente acontece no organismo quando fatores emocionais afetam o sistema digestivo, como diferenciar uma gastrite de um quadro funcional relacionado ao estresse e o que fazer para aliviar os sintomas!
Afinal, a gastrite pode ser de origem emocional?
A chamada gastrite emocional é um termo bastante comum no cotidiano, mas não é reconhecida como um diagnóstico médico real. Embora emoções intensas como ansiedade e estresse possam provocar sintomas gástricos, elas não causam gastrite.
Segundo o Portal Drauzio Varella, as emoções podem estimular a produção excessiva de ácido no estômago, o que agrava desconfortos, especialmente em pessoas com sensibilidade gástrica.
Assim, essa hiperacidez pode resultar em sintomas como azia, má digestão, sensação de estufamento e dor abdominal, semelhantes aos da gastrite, mas sem que haja qualquer lesão ou inflamação real na mucosa estomacal.
Esse quadro é conhecido como dispepsia funcional, uma condição em que os sintomas são reais, mas os exames não indicam alterações estruturais. Ou seja, o problema é funcional, não orgânico, e está intimamente ligado ao estado emocional do paciente.
Então o que diferencia a gastrite de dores no estômago que surgem após situações de estresse?
A principal diferença entre uma gastrite “verdadeira” e as dores no estômago causadas por estresse está na presença (ou ausência) de inflamação na mucosa gástrica.
A gastrite é uma condição médica definida pela inflamação do revestimento interno do estômago, diagnosticada por meio de exames como a endoscopia digestiva alta. Já os desconfortos estomacais que aparecem em momentos de tensão emocional, embora dolorosos, não envolvem inflamação e, por isso, não são considerados gastrite.
Nesses casos, o que ocorre é uma alteração funcional no aparelho digestivo: o corpo responde ao estresse com a liberação de hormônios como cortisol e adrenalina, que afetam o funcionamento do estômago.
Enquanto a gastrite exige tratamento específico para combater a inflamação, os sintomas causados por estresse e ansiedade costumam melhorar com a redução dos fatores emocionais e o uso de medicamentos sintomáticos apenas quando necessário.
Quais outros sintomas gastrointestinais as questões emocionais podem causar?
O sistema digestivo é fortemente influenciado pelo nosso estado emocional. Então, situações de estresse, ansiedade e outras tensões psicológicas podem causar uma série de sintomas gastrointestinais, mesmo quando não há nenhuma doença física detectável.
Isso ocorre porque o cérebro e o intestino estão conectados por uma complexa rede de comunicação, que torna o trato digestivo extremamente sensível às emoções.
Portanto, alguns dos principais sintomas que podem surgir são:
- Azia ou queimação: o aumento da acidez gástrica, provocado pelo estresse, causa sensação de queimação no estômago ou no esôfago.
- Desconforto epigástrico: dor ou sensação de peso na “boca do estômago”, sem causa alimentar clara.
- Empachamento e saciedade precoce: o estômago parece cheio mesmo com pouca ingestão de alimentos.
- Náuseas e enjoos: comuns em momentos de tensão, podendo ocorrer mesmo em jejum.
- Vômitos: em casos mais intensos de ansiedade, podem surgir sem explicação médica objetiva.
- Perda de apetite: frequente em períodos de sobrecarga emocional.
- Gases, inchaço e arrotos: o funcionamento intestinal é alterado pelo estresse.
- Diarreia ou prisão de ventre: o intestino pode reagir de forma extrema à ansiedade.
- Sensação de “frio” ou “nó” no estômago: típica em momentos de preocupação ou medo.
Esses sintomas, quando não estão relacionados a uma causa orgânica detectável, são classificados como distúrbios funcionais, como a dispepsia funcional e a síndrome do intestino irritável.
Nesses casos, o tratamento passa tanto pelo cuidado médico quanto pelo suporte psicológico, com foco na gestão das emoções.
Como saber se o que eu tenho é gastrite ou problema emocional?
Para diferenciar uma gastrite real de um desconforto estomacal de origem emocional, o primeiro passo é procurar um gastroenterologista. Esse especialista poderá solicitar exames, como a endoscopia, para verificar se há inflamação na mucosa gástrica ou presença de bactérias.
Se for confirmada a gastrite, o tratamento é clínico, com medicamentos e mudanças na alimentação. Porém, se os exames não mostrarem alterações, é provável que os sintomas sejam causados por fatores emocionais, como estresse ou ansiedade, caracterizando um quadro de dispepsia funcional.
Nesses casos, o ideal é buscar acompanhamento com um psicólogo, que ajudará a identificar gatilhos emocionais e a desenvolver estratégias para lidar com eles. A psicoterapia, combinada a hábitos saudáveis, costuma trazer alívio significativo.
Portanto, a melhor abordagem é integrar cuidados médicos e psicológicos, garantindo um diagnóstico preciso e um tratamento realmente eficaz.
Como tratar as dores no estômago de cunho emocional?
Quando o desconforto estomacal não tem causa orgânica identificável e está relacionado ao estresse, ansiedade ou sobrecarga emocional, o tratamento deve ser multidisciplinar, envolvendo ajustes no estilo de vida, alimentação, apoio psicológico e, em alguns casos, medicamentos para alívio dos sintomas.
No entanto, a boa notícia é que, com as estratégias corretas, é possível reduzir, e até eliminar, essas dores de forma duradoura. Algumas estratégias eficazes envolvem:
Adotar uma alimentação leve e consciente
A alimentação tem papel central na saúde digestiva, principalmente quando o estômago já está mais sensível devido às emoções. Por isso, evite:
- Alimentos gordurosos e frituras;
- Refrigerantes, café e bebidas alcoólicas;
- Condimentos fortes, como pimenta e curry;
- Refeições muito volumosas ou feitas com pressa.
Prefira refeições pequenas e frequentes, com foco em legumes, frutas, grãos integrais e proteínas magras.
Praticar atividades físicas com regularidade
O exercício físico atua como regulador natural da ansiedade e do estresse. Caminhadas, yoga, pilates, dança ou natação ajudam a liberar endorfinas e melhoram a motilidade intestinal, reduzindo sintomas como dor, gases e estufamento.
Além disso, a atividade física melhora a qualidade do sono e contribui para o equilíbrio emocional.
Usar técnicas de relaxamento no dia a dia
Práticas como meditação guiada, respiração consciente e mindfulness podem ser extremamente eficazes no controle da ansiedade e de sintomas físicos associados, como dores abdominais.
Assim, dedicar poucos minutos por dia a essas técnicas já pode promover alívio perceptível no estômago.
Evitar automedicação e buscar orientação profissional
Embora medicamentos como antiácidos e analgésicos possam aliviar sintomas momentaneamente, seu uso indiscriminado pode mascarar problemas e até agravar o quadro.
Portanto, o ideal é consultar um gastroenterologista antes de iniciar qualquer medicação, mesmo que os sintomas pareçam “emocionais”.
Fazer psicoterapia
A dor estomacal emocional é um sinal de que algo precisa de atenção também no campo psicológico.
Dessa forma, a psicoterapia, especialmente abordagens como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), ajuda a identificar gatilhos emocionais, desenvolver estratégias de enfrentamento e promover maior equilíbrio mental, o que reflete diretamente na melhora dos sintomas físicos.
Cuidar da higiene do sono e do tempo de descanso
Dormir mal afeta não só o humor, mas também o funcionamento gastrointestinal. Por isso, crie uma rotina de sono com horários regulares, evite telas antes de dormir e invista em um ambiente propício ao descanso.
Por fim, é importante lembrar que a gastrite emocional não é inflamação, mas exige cuidado: corpo e mente precisam sempre de atenção conjunta para a cura! Cuide-se!
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