Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Isabela Magalhães Santos Fernandes - Psicólogo CRP 06/175414
Compreender a relação entre alcoolismo e saúde mental é essencial, uma vez que o uso excessivo de álcool pode desencadear transtornos mentais frequentemente, formando um ciclo vicioso com consequências devastadoras para os indivíduos.
Além disso, entender a complexidade dessa inter-relação é fundamental para desenvolver abordagens de tratamento eficazes que trabalhem tanto o abuso de substâncias quanto os problemas psicológicos subjacentes.
Portanto, para entender qual a relação entre o consumo excessivo de álcool e seus impactos na saúde mental, continue lendo este artigo!
O que é o alcoolismo?
O alcoolismo, também conhecido como transtorno por uso de álcool, é uma condição médica crônica caracterizada pela incapacidade do indivíduo de controlar o consumo de álcool, mesmo tendo ciência das consequências negativas deste para a saúde física e mental, relações sociais e desempenho profissional.
Assim, essa condição envolve tanto uma dependência física quanto psicológica do álcool, o que torna o processo de parar de beber extremamente difícil sem ajuda profissional.
Convém mencionar que o alcoolismo pode afetar pessoas de todas as idades, gêneros e origens socioeconômicas, sendo um problema significativo de saúde pública em muitas partes do mundo.
Algumas das suas características principais são:
- Desejo compulsivo: Uma necessidade intensa e incontrolável de beber álcool.
- Perda de controle: Incapacidade de limitar o consumo de álcool em qualquer ocasião.
- Dependência física: Sintomas de abstinência, como náuseas, sudorese, tremores e ansiedade, que ocorrem quando o consumo de álcool é interrompido.
- Tolerância: Necessidade de consumir quantidades cada vez maiores de álcool para alcançar o mesmo efeito.
É importante lembrar que o alcoolismo é uma doença complexa que requer um diagnóstico preciso e um tratamento abrangente, contínuo e especializado.
Como o alcoolismo afeta a saúde física?
Sendo uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, o alcoolismo gera impactos profundos e multifacetados que se manifestam na saúde física, mental, social e econômica dos indivíduos e das sociedades.
Dessa forma, o consumo excessivo de álcool está associado a uma série de problemas de saúde física, incluindo doenças hepáticas, como cirrose e hepatite alcoólica, doenças cardiovasculares, pancreatite e um risco aumentado de vários tipos de câncer, como os de boca, esôfago, fígado e mama.
Além disso, o alcoolismo pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais vulnerável a infecções e doenças.
Portanto, os impactos do alcoolismo na saúde física são abrangentes e severos, afetando múltiplos sistemas do corpo e aumentando o risco de mortalidade.
Como o álcool afeta a saúde mental?
O álcool é uma substância que, quando consumida em excesso, pode ter um impacto significativo na saúde mental das pessoas.
Esse impacto pode ser observado em várias áreas, desde alterações no humor até efeitos mais profundos sobre o funcionamento cognitivo e emocional.
Convém destacar que uma das maneiras pelas quais o álcool afeta a saúde mental é por meio de suas propriedades depressoras, pois o consumo da substância pode, inicialmente, resultar em sentimentos de euforia e relaxamento, devido à liberação de neurotransmissores como a dopamina.
No entanto, conforme os efeitos do álcool diminuem, a pessoa pode experimentar uma queda no humor, levando a sentimentos de tristeza, irritabilidade e até mesmo depressão.
Além disso, a substância pode interferir na capacidade de uma pessoa de lidar com o estresse e os desafios da vida cotidiana, na qualidade do sono e causar problemas de memória.
Quais são os transtornos mentais causados pelo álcool?
O alcoolismo está associado a uma variedade de transtornos que afetam a saúde mental. Assim, entre os principais transtornos causados estão:
Depressão
O álcool está fortemente associado à depressão, criando uma relação bidirecional onde cada condição pode agravar a outra.
Dessa forma, o consumo excessivo de álcool altera neurotransmissores no cérebro, como serotonina e dopamina, inicialmente causando euforia, mas posteriormente levando a sentimentos de tristeza e desesperança.
Vale destacar que muitas pessoas usam o álcool como automedicação para aliviar temporariamente a depressão, mas isso frequentemente resulta em dependência e agravamento da condição.
Transtorno bipolar
O alcoolismo pode exacerbar significativamente os sintomas do transtorno bipolar, uma condição de saúde mental caracterizada por mudanças extremas de humor, incluindo episódios de mania.
Assim, o consumo de álcool pode desencadear ou intensificar esses episódios, complicando o tratamento e a gestão da condição. Durante episódios maníacos, o consumo de álcool pode aumentar a impulsividade e o comportamento de alto risco.
Além disso, o álcool interfere na eficácia dos medicamentos usados no tratamento do transtorno bipolar, tornando o manejo da condição ainda mais desafiador.
Ansiedade
O álcool pode inicialmente aliviar os sintomas de ansiedade devido aos seus efeitos sedativos, mas seu consumo crônico pode levar a complicações sérias.
Dessa forma, a longo prazo, a substância pode aumentar a ansiedade e contribuir para o desenvolvimento de transtornos, como ataques de pânico.
Além disso, a abstinência do álcool pode desencadear sintomas intensos de ansiedade, criando um ciclo vicioso de dependência.
O álcool também pode interferir na eficácia dos tratamentos para a ansiedade, tornando o manejo da condição mais desafiador. Portanto, é importante abordar o consumo de álcool com cautela em casos de ansiedade.
Comportamento suicida
O consumo de álcool está fortemente associado a um aumento no comportamento suicida, pois a substância pode diminuir as inibições, aumentando a impulsividade e o risco de ações autodestrutivas.
Em pessoas com histórico de transtornos mentais, como depressão ou ansiedade, o consumo de álcool pode intensificar sentimentos de desesperança e desespero, levando a pensamentos suicidas com intensidade e frequência maiores.
Em resumo, o consumo excessivo de álcool pode causar ou agravar uma ampla gama de transtornos mentais, tornando essencial a conscientização e o tratamento adequado para reduzir esses impactos negativos na saúde mental.
Como tratar o alcoolismo?
O tratamento do alcoolismo é um processo multifacetado que envolve várias etapas e abordagens, adaptadas às necessidades individuais de cada paciente. O objetivo é alcançar a abstinência e promover a recuperação a longo prazo.
Dito isso, separamos algumas das principais abordagens para tratar o alcoolismo:
- Avaliação diagnóstica: Por meio de uma avaliação minuciosa por um profissional de saúde mental ou médico, é possível determinar a gravidade do vício e identificar a presença de quaisquer comorbidades.
- Desintoxicação: A desintoxicação, processo de abandono seguro do álcool, visa amenizar os sintomas da abstinência e garantir o bem-estar do paciente.
- Intervenção terapêutica: A terapia desempenha um papel crucial na identificação de gatilhos e comportamentos relacionados ao vício. Assim, por meio de mecanismos de enfrentamento e de um plano de recuperação personalizado, o indivíduo passa a ter ferramentas para superar os desafios da abstinência.
- Tratamento farmacológico: Medicamentos específicos podem ser prescritos por um profissional de saúde mental para auxiliar no processo de recuperação.
- Grupos de apoio: A participação em grupos de apoio oferece um ambiente acolhedor e solidário para indivíduos em recuperação. Através da troca de experiências, desafios e aprendizados, os participantes fortalecem-se mutuamente e constroem uma rede de apoio.
Por fim, lembre-se que a recuperação, embora complexa, abre caminho para uma vida plena, livre do alcoolismo e permeada por saúde mental e paz interior!
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