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Você já ouviu falar do transtorno do estresse pós-traumático? Esse é um distúrbio de ansiedade que pode afetar consideravelmente a vida pessoal, social e profissional de quem sofre com ele.
Daí a importância de ter um diagnóstico rápido e preciso para evitar prejuízos maiores.
Nesse sentido, preparamos este conteúdo para falar tudo sobre o estresse pós-traumático, o que é, causas, sintomas e as formas de tratá-lo. Confira!
O que é o transtorno do estresse pós-traumático?
O transtorno do estresse pós-traumático, conhecido por sua sigla TEPT, é um distúrbio de ansiedade originado após uma experiência violenta ou traumática.
Ou seja, o indivíduo vivencia um evento que representa uma ameaça à sua vida ou de pessoas à sua volta e, a partir disso, toda vez que relembra essa situação, ele desenvolve os sintomas físicos, emocionais e psíquicos do TEPT.
Convém mencionar que, no caso do transtorno do estresse pós-traumático, o medo é excessivo e constante, podendo prejudicar severamente suas relações, desempenho no trabalho e nos estudos, entre outras áreas.
Quais são as causas do TEPT?
Segundo o portal do médico Dráuzio Varella, estima-se que entre 15% a 20% dos indivíduos que estiveram envolvidos em alguma situação traumatizante desenvolvem este transtorno. Essas situações podem ser:
- Violência urbana;
- Agressão física;
- Abuso sexual;
- Terrorismo;
- Tortura;
- Assalto;
- Sequestro;
- Acidentes;
- Guerra;
- Catástrofes naturais ou provocadas.
Isso significa que qualquer evento traumático pode provocar o surgimento do TEPT.
Além disso, é importante saber que o evento não necessariamente precisa ter acontecido diretamente com o indivíduo em si. Ele pode desenvolver esse transtorno ao presenciar eventos traumáticos com outras pessoas – ou ficar sabendo sobre a ocorrência de tal.
Quais são os sintomas do transtorno do estresse pós-traumático?
Após passar por uma situação traumática, é normal se sentir desconfortável, incomodado, com medo e triste. Isso não significa que você desenvolveu o TEPT.
Na realidade, o que vai sugerir que um indivíduo possui esse transtorno de ansiedade é a intensidade das emoções, como o medo excessivo, e a persistência dos sentimentos e pensamentos perturbadores por meses ou anos.
Dito isso, os sintomas que podem ser apresentados nesse quadro são:
Lembranças persistentes
Esses são os sintomas de vivenciamento. Aqui, o indivíduo revive involuntariamente o acontecimento traumático por meio de pensamentos repetitivos e angustiantes ou até mesmo pesadelos.
Nesses casos, pode ser comum a pessoa ter a forte sensação de que o evento está acontecendo novamente.
Sintomas físicos
As lembranças persistentes de um evento ruim torturam e incomodam o indivíduo, o que pode desencadear nele algumas reações físicas, como:
- Taquicardia
- Tremores
- Dores de cabeça
- Tonturas
- Náuseas
- Sudorese
Agitação exagerada
O medo excessivo faz com que a pessoa com o TEPT fique em estado de alerta constantemente. Assim, ela pode ficar bastante agitada, com dificuldades para se concentrar e dormir e, ainda, sofrer com a tensão e o nervosismo frequentes.
Por causa disso, os momentos de explosões de raiva e acessos de fúria passam a ser comuns.
Emoções negativas
Quem passa pelo transtorno de estresse pós-traumático, pode desenvolver emoções e sentimentos negativos sobre si. Nesse sentido, é comum passar a se sentir culpado e ter vergonha pelo acontecimento.
Esse é um sintoma muito comum em pessoas que sofreram situações de abuso sexual, por exemplo.
Isolamento social e rompimento de relações
O indivíduo com TEPT tende a evitar lugares, atividades, objetos e pessoas que lembrem-no de alguma forma do acontecimento traumático.
Além disso, ele pode também passar a ter dificuldades para confiar nas outras pessoas e a manter relacionamentos, sejam eles amorosos, familiares ou profissionais.
Com isso, ele se isola e enfraquece os laços construídos ao longo da vida.
Convém mencionar que, apesar de esses serem os principais sintomas do transtorno do estresse pós-traumático, nem todo indivíduo com TEPT apresentará todos os sinais mencionados. Isso vai variar de pessoa para pessoa.
Por que existem pessoas que passam por eventos traumáticos e não desenvolvem este transtorno?
Nem todas as pessoas que vivenciam uma situação traumática desenvolverão o TEPT. Isso acontece porque algumas pessoas têm uma predisposição maior para desenvolver transtornos psicológicos, enquanto outras não.
Assim, apesar de ainda não serem completamente conhecidos os fatores para essa predisposição, sabe-se que questões genéticas e ambientais podem interferir no processo.
Além disso, fatores pessoais, como o temperamento, a personalidade e a pré-existência de outros transtornos mentais, podem ser fortes agentes para um indivíduo desenvolver o transtorno do estresse pós-traumático, assim como outros.
Como é feito o diagnóstico?
Nesse guia completo você vai conhecer tudo sobre psicólogos e psicoterapia. A escolha do psicólogo certo para você envolve diversos fatores. Descubra aqui.
O diagnóstico do transtorno do estresse pós-traumático deve ser realizado por um psiquiatra. Para isso, ele deve seguir os critérios estabelecidos pelo DSM-IV (Manual de Diagnóstico dos Distúrbios Mentais) e o CID-10 (Classificação Internacional das Doenças).
Nesse sentido, o primeiro critério é que haja um agente estressor, isto é, um evento traumático que tenha sido responsável pelo surgimento do TEPT. Lembrando que o acontecimento pode ter sido diretamente com o indivíduo ou com pessoas próximas a ele.
O segundo critério refere-se à duração dos sintomas. É necessário que eles se façam presentes na vida do indivíduo por pelo menos um mês.
Além disso, cabe ao profissional realizar uma hipervigilância. Ou seja, ele precisa fazer uma análise criteriosa para descartar doenças orgânicas e outros transtornos psicológicos, como a síndrome do pânico e a depressão.
Ainda sobre os critérios para o diagnóstico do transtorno do estresse pós-traumático, é necessário que esse distúrbio provoque sofrimento significativo e prejudique o andamento de importantes áreas da vida da pessoa, como ocupacional e social.
Assim, caso o indivíduo se enquadre em todos esses critérios, então o médico especialista pode concluir o diagnóstico do TEPT.
Quais são as formas de tratamento do TEPT?
O tratamento do transtorno do estresse pós-traumático é feito, em sua maior parte, pelo acompanhamento psicológico. Ele vai ajudar o paciente a enfrentar o seu medo e o próprio trauma. Além disso, a psicoterapia será eficaz para o controle da ansiedade.
Convém mencionar que o método mais utilizado é o da terapia cognitivo-comportamental. Entretanto, a depender do paciente, podem ser indicadas outras abordagens.
Em alguns casos, também pode ser necessário o uso de medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos para aliviar os sintomas do transtorno. Para isso, será necessário passar por uma consulta com o médico psiquiatra.
O mais importante é procurar ajuda assim que perceber que as lembranças de alguma vivência negativa tem prejudicado a sua vida, seja com sintomas físicos ou psicológicos, ou orientar uma pessoa próxima que esteja passando pelo problema.
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Autor: psicologa Isabela Magalhães Santos Fernandes - CRP 06/175414Formação: A psicóloga tem especialização em Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) e possui uma experiência clínica significativa, direcionando seu trabalho ao público adulto (terapia individual e casal), trabalhando questões como: relacionamento, ansiedade, depressão, desenvolvimento emocional e pessoal...