Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Carla Roberta Sartori Carli - Psicólogo CRP 06/189803
A Arte está presente em museus, nas ruas, nas músicas que escutamos, nas cores das roupas que vestimos e até nos desenhos que fazemos distraidamente no canto de um caderno.
Mas você já parou para pensar por que a arte tem um efeito tão poderoso sobre a nossa mente, mesmo quando não entendemos muito sobre ela?
A arte como expressão emocional
A arte é uma das formas mais antigas e espontâneas de comunicação. Quando nos faltam palavras, muitas vezes encontramos na criação artística um caminho para dizer aquilo que sentimos. Por isso, mesmo sem técnica ou intenção estética, a expressão artística pode oferecer alívio e compreensão interna.
A importância de externalizar o que sentimos
Muitas vezes, não conseguimos colocar em palavras o que estamos sentindo. Então, a arte, nesse contexto, surge como um meio alternativo de expressão. Ao pintar, desenhar, escrever ou tocar um instrumento, é possível “desabafar” por meio de formas, cores e sons. Então, isso ajuda a aliviar tensões internas e a compreender melhor o que está acontecendo dentro de nós.
O alívio que vem da criação
Criar arte pode ter um efeito semelhante ao de conversar com um amigo de confiança. A atividade permite uma espécie de catarse emocional: uma liberação de sentimentos reprimidos. Então, o mais interessante é que você não precisa ser “bom” nisso. O simples ato de criar já proporciona benefícios significativos para o equilíbrio emocional.
O impacto da arte no cérebro
Além do campo emocional, a arte também afeta diretamente o funcionamento do nosso cérebro. Por isso, estudos científicos têm mostrado que tanto criar quanto observar arte pode ativar áreas ligadas ao prazer, à memória e à motivação.
Ativação de áreas relacionadas ao prazer
Estudos em neurociência mostram que contemplar obras de arte pode ativar as mesmas áreas do cérebro ligadas ao prazer, como o córtex orbitofrontal e o sistema de recompensa. Ou seja, observar uma pintura ou ouvir uma música pode gerar sensações comparáveis a comer algo que gostamos ou receber um carinho.
A conexão entre arte e neuroplasticidade
Atividades artísticas também estimulam a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de criar novas conexões neurais. Isso é particularmente importante para pessoas que enfrentam quadros de depressão, ansiedade ou traumas, pois a arte ajuda a “ensinar” o cérebro a reagir de forma diferente às experiências e emoções.
Arte e saúde mental: uma parceria poderosa
A arte tem sido cada vez mais utilizada como ferramenta terapêutica no cuidado da saúde mental. Por isso, seu uso vai além do entretenimento e passa a ocupar um lugar importante no autocuidado e nos tratamentos clínicos.
Redução de sintomas de ansiedade e estresse
Diversas pesquisas mostram que atividades como pintura, modelagem, dança e música ajudam a reduzir níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Por isso, ao focar em uma atividade criativa, a mente se distancia das preocupações e entra em um estado de presença, o famoso “aqui e agora”. Então, essa prática é semelhante ao que acontece em técnicas de mindfulness e meditação.
A arte como apoio no tratamento de transtornos mentais
A arteterapia já é amplamente utilizada como abordagem complementar em contextos clínicos. Pacientes com depressão, transtornos de ansiedade, bipolaridade, estresse pós-traumático e até Alzheimer apresentam melhoras significativas em aspectos como cognição, humor e capacidade de comunicação ao serem inseridos em atividades artísticas guiadas.
Arte e autoconhecimento
Além de aliviar o estresse e melhorar o humor, a arte também pode nos ajudar a entender melhor quem somos. Por isso, ela funciona como uma ponte entre o mundo interno e o externo, revelando sentimentos, desejos e conflitos.
Encontrar significado na experiência humana
A arte nos ajuda a compreender a complexidade da vida. Mesmo quando não temos respostas racionais para o que sentimos ou vivemos, a arte oferece um espaço para refletir, simbolizar e elaborar. É uma forma de dar sentido ao que parece caótico ou sem explicação.
A arte como ponte para o outro
Além do autoconhecimento, a arte também promove empatia. Ao ver um filme, ouvir uma canção ou observar uma pintura criada por outra pessoa, temos acesso à sua vivência, cultura e emoções. Isso fortalece vínculos e amplia nossa visão de mundo.
Você não precisa entender de arte para se beneficiar
Muitas pessoas evitam se aproximar da arte por acreditarem que é necessário conhecimento técnico ou teórico. Mas, na verdade, essa distância pode ser libertadora. Ao não se prender a regras, você se permite criar de forma mais livre e espontânea, explorando o que realmente sente, sem medo de errar.
Inclusive, não existe uma “forma certa” de apreciar uma obra de arte. Aquilo que toca uma pessoa pode passar despercebido por outra — e está tudo bem. A experiência estética é subjetiva, pessoal e emocional. O importante é o impacto que aquilo tem sobre você, não o quanto você sabe sobre a história da arte.
Diferentes formas de se conectar com a arte
A arte não se limita a um tipo específico de expressão. Existem diversas formas de se conectar com o processo criativo, e cada uma pode trazer benefícios únicos. A seguir, conheça algumas das mais acessíveis e transformadoras.
Pintura, desenho e colagem
Essas atividades manuais são altamente terapêuticas. Elas envolvem coordenação, escolha de cores, formas e materiais, o que favorece a concentração e estimula a criatividade. Muitas vezes, o processo é mais importante que o resultado final. Não se trata de criar uma obra-prima, mas de se permitir experimentar.
Música: escutar e tocar
A música é uma das formas de arte mais acessíveis e poderosas. Ouvir uma canção pode evocar memórias, alterar nosso humor e até mudar o ritmo dos batimentos cardíacos. Tocar um instrumento, por sua vez, estimula múltiplas regiões cerebrais e é especialmente benéfico para a coordenação motora e a atenção.
Dança e movimento corporal
A dança une arte e corpo, o que a torna uma ferramenta potente para liberar emoções reprimidas, melhorar a autoestima e aumentar a percepção corporal. Além disso, a dança em grupo promove o sentimento de pertencimento e conexão social.
Escrita criativa e poesia
Escrever também é um ato artístico. Contar histórias, inventar personagens ou criar poemas permite que você organize ideias, compreenda sentimentos e expresse aspectos internos de forma simbólica. A escrita pode ser usada como um diário, mas também como ficção ou expressão livre.
Como começar a incorporar arte no dia a dia
Você não precisa ser artista profissional nem ter muito tempo livre para incluir arte na sua rotina. Com pequenas atitudes, é possível transformar o cotidiano em um espaço mais criativo e acolhedor.
Experimente sem compromisso
Você não precisa frequentar ateliês ou comprar materiais caros. Pode começar desenhando no celular, escrevendo um poema no bloco de notas ou dançando sua música preferida na sala de casa. O mais importante é o contato com a atividade, e não a técnica.
Crie um pequeno ritual artístico
Reserve alguns minutos do dia ou da semana para uma atividade criativa. Pode ser pintar ouvindo música, escrever antes de dormir ou montar colagens com recortes de revista. Esse momento pode funcionar como uma pausa mental no meio da rotina agitada.
Visite espaços culturais (ou explore online)
Museus, exposições, shows e feiras de arte são ótimas oportunidades para entrar em contato com diferentes formas de expressão. Se não puder visitar fisicamente, há muitas plataformas online com visitas virtuais e acervos gratuitos.
O mais bonito da arte é que ela pertence a todos. Não exige diploma, técnica nem aprovação externa. Basta estar aberto para experimentar. Então, da próxima vez que estiver estressado, ansioso ou confuso, lembre-se: talvez o que você esteja precisando seja de um pouco de arte — mesmo que só você entenda o que está fazendo.
Mas, se sentir que sua saúde mental está precisando de mais cuidado, também é importante falar com um psicólogo. Procure um profissional na plataforma Psicólogo e Terapia.
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Autor: psicologa Carla Roberta Sartori Carli - CRP 06/189803Formação: A psicóloga Carla Carli atua com a abordagem TCC - Terapia Cognitivo-Comportamental. É Pós-Graduada em Psicologia Hospitalar (Santa Casa de Misericórdia de SP) e Pós-Graduanda em Neuropsicologia e Abordagem Centrada na Pessoa...