Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Yasmin Ramos Torres - Psicólogo CRP 06/163775
Apesar de não ser um fenômeno recente, uma vez que possui registros datados ainda nos anos 1900, a síndrome da cabana foi notada com uma maior intensidade nos últimos anos, em razão da pandemia da COVID-19.
Em razão do extenso e intenso período de isolamento, milhares de pessoas começaram a desenvolver a síndrome, que atrapalha a vida social e profissional e pode desencadear outras questões psicológicas, como ansiedade e até depressão.
Sendo assim, resolvemos falar neste conteúdo sobre a síndrome da cabana para que você perceba se pode estar com ela e descubra formas de tratá-la. Boa leitura!
O que é a síndrome da cabana?
A síndrome da cabana consiste no medo excessivo e desproporcional de sair de casa ou de algum outro ambiente que você considere altamente seguro.
Ela não é classificada como uma doença, mas sim como um fenômeno natural do organismo, como se fosse um instinto de defesa e autoproteção.
No entanto, essa questão deve ser olhada com atenção e cuidado, uma vez que pode desencadear outros problemas psicológicos e emocionais.
Convém destacar que a síndrome da cabana surge, geralmente, quando o indivíduo precisa se adaptar de forma rápida e brusca a um contexto que muitas vezes é incerto, como foi o caso da pandemia do novo coronavírus.
No entanto, como mencionamos, os relatos dessa síndrome não são de agora.
Em 1900, o termo foi utilizado nos Estados Unidos para se referir aos caçadores que ficavam muito tempo isolados em suas cabanas durante os rigorosos invernos.
Assim, com o fim da estação, eles tinham dificuldades para retornar à sociedade.
Quais são as causas do medo excessivo de sair de casa?
Apesar de as causas da síndrome da cabana poderem variar, a principal delas é o longo período de confinamento, que acarreta em dificuldades para lidar com as emoções.
Assim, quando a pessoa precisa retornar ao convívio social, encontra barreiras.
Somado a isso, também existem outras causas que podem potencializar a síndrome, como algum trauma que a pessoa tenha vivenciado fora de casa e a sensação de insegurança, como foi o caso da pandemia, em que havia o medo de sair e se contaminar com o vírus.
Mas é importante entender que o simples fato de preferir ficar mais tempo em casa não se configura como esse fenômeno.
A síndrome da cabana só existe quando o indivíduo não consegue retomar de forma saudável sua rotina, porque sente que só está seguro se estiver dentro de casa.
Nesse cenário, é comum se afastar dos amigos, não conseguir trabalhar e não se sentir confortável para resolver qualquer questão, como ir a uma agência bancária.
Quais são os sintomas da síndrome da cabana?
Primeiramente, é preciso dizer que os sintomas da síndrome da cabana podem ser confundidos com outras condições de saúde mental.
Por isso, é sempre importante consultar um psicólogo para que ele possa fazer a devida avaliação.
No entanto, listamos aqui alguns dos sinais que mais chamam atenção para que você fique de olho se pode estar passando por esse fenômeno:
- Forte sentimento de angústia;
- Inquietação e irritação;
- Falta de motivação;
- Perda ou ganho de apetite;
- Falta de ar;
- Tontura;
- Alterações nos batimentos cardíacos;
- Tristeza persistente;
- Dificuldade para se concentrar;
- Insônia ou sono excessivo;
- Desconfiança das pessoas;
Como evitar essa síndrome?
Antes de falarmos sobre as formas de tratar a síndrome da cabana, é importante pensar em maneiras de preveni-la.
Afinal, a prevenção é sempre o melhor caminho para as questões de saúde, sejam físicas ou mentais.
Sendo assim, listamos 3 passos simples, mas que podem ser efetivos para evitar que você desenvolva essa condição:
Faça atividade física
A atividade física é sempre um bom caminho de prevenção quando falamos de questões mentais e emocionais.
Afinal, a sua prática libera substâncias que contribuem para a sensação de bem-estar, relaxamento e felicidade e ainda diminui a ansiedade.
Portanto, procure manter uma rotina periódica de exercícios físicos.
Se possível, faça também atividades coletivas, pois é uma forma de fortalecer as relações sociais.
Crie uma rotina diária
Apesar de parecer besteira, o estabelecimento de uma rotina diária contribui para que o seu corpo e a sua mente sejam constantemente trabalhados e se preparem para lidar com diversas situações, inclusive com aquelas imprevisíveis.
Dessa forma, estabeleça uma rotina para tudo, como para trabalhar, trocar de roupa, sair com os amigos, fazer leituras e atividades físicas, entre outros.
Tenha contato com a luz solar
Receber a luz solar também é muito importante, uma vez que ela ajuda a produzir vitamina D, desperta e dá energia para o cumprimento das tarefas diárias.
Além disso, os raios solares ativam a produção da dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e felicidade.
Sendo assim, reserve de 15 a 30 minutos por dia para ficar exposto à luz solar.
Como tratar a síndrome da cabana?
Como mencionamos, a síndrome da cabana, apesar de não ser uma doença, pode desencadear várias condições de saúde mental, como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e depressão.
Por isso, é importante diagnosticá-la e tratá-la o quanto antes para retomar a saúde mental, a qualidade de vida e a socialização, que é fundamental para qualquer pessoa.
Assim, saiba que as dicas que demos anteriormente para a prevenção também servem para o tratamento.
Mas, além delas, você também precisa seguir outras, que são:
Acione as boas memórias
Para reduzir o medo de sair de casa, uma boa estratégia é acionar as boas lembranças de momentos em que você teve dentro do seu convívio social, como viagens, festas, passeios com amigos e familiares, entre outras situações especiais.
Essa é uma tática que tem como finalidade fazer com que o seu cérebro se lembre de que o mundo externo também é bom e, assim, reduzir o seu medo excessivo.
Medite com regularidade
A meditação é uma técnica extremamente favorável à saúde mental. Isso porque ela pode reduzir o estresse e a ansiedade, melhorar a qualidade do sono, etc.
Portanto, vale a pena ingressar na prática e manter uma regularidade para conseguir retomar o seu controle emocional que, por sua vez, pode ajudar a solucionar várias síndromes, inclusive a da cabana.
Vale dizer que, hoje em dia, existem diversos aplicativos de meditação guiada, além de vídeos no YouTube que podem te ajudar nesse processo.
Tente sair gradativamente
Outro passo importante é começar a sair, ainda que seja na esquina ou em uma pracinha próxima de casa.
Esse movimento gradativo vai permitir que você tenha um contato com o mundo e quebre as barreiras que você criou.
Mas, atenção: é preciso respeitar o seu tempo.
Não force a barra!
É importante fazer um pouquinho a cada dia e celebrar cada conquista, ainda que ela pareça pequena.
Faça terapia
E aqui vai um dos passos mais importantes: faça terapia!
A ajuda de um psicólogo é fundamental, não apenas para diagnosticar a sua condição, como também para te ajudar a refletir sobre o seu medo e insegurança e a encontrar formas de enfrentá-los.
Além de tratar essa síndrome, a psicoterapia evitará que ela desencadeie outras condições de saúde mental mais graves.
E, caso seja necessário tomar alguma medicação, o psicólogo te encaminhará a um psiquiatra para que você possa tratar todos os focos desse problema.
Portanto, não hesite em procurar um psicólogo caso você note que apresenta algum dos sintomas que listamos aqui.
Afinal, se não for a síndrome da cabana, será uma outra questão de saúde que também merece tratamento!
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Autor: psicologa Yasmin Ramos Torres - CRP 06/163775Formação: Atua com base na abordagem da Análise do Comportamento em conjunto com a Terapia Cognitivo Comportamental. Possui capacitação em Neurolinguística, Inteligência emocional, Instrumentos para avaliação psicológica e psicodiagnóstico. Realizou diversos cursos de extensão e aprimoramento...