Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Priscilla Mendes - Psicólogo CRP 06/93223
Qualidades são características marcantes da sua personalidade – são tudo que é bom, agradável e único sobre você. É através desses atributos positivos que você deixa uma impressão memorável por onde passa. Para alguns indivíduos, no entanto, se amar e se valorizar não é nada simples.
A desvalorização das qualidades
Você sabe quais são as suas qualidades? O modo como você as valoriza está diretamente ligado à sua autoestima. Quando ela é alta, responder essa pergunta não é um problema.
Já quando a sua opinião sobre você mesmo é baixa, identificar os seus pontos fortes, habilidades e aspectos bacanas é praticamente impossível. Não saber reconhecer qualidades é um sinal claro de alguém que não se dá o devido valor nem se ama o suficiente.
O amor por si mesmo não é apenas prazeroso devido às sensações agradáveis que sentimos quando não travamos guerras internas contra quem somos. Ele é também necessário.
Uma pessoa que não atribui valor aos seus aspectos positivos não avança na carreira profissional, não consegue iniciar ou terminar projetos pessoais, não cultiva relacionamentos estáveis e não tem perspectivas para o futuro.
Como alguém aproveita a vida quando acredita que não merece a felicidade, o sucesso, o amor, etc.?
Além disso, essa pessoa pode facilmente desenvolver depressão ou ansiedade. Essas condições psicológicas são mais comuns em quem tem e alimenta a autoestima baixa.
Quando pensamentos negativos brotam em suas mentes, esses indivíduos o aceitam e os fortalecem. Parecem ter prazer em se menosprezar pelas mínimas razões. Na verdade, é a insegurança demasiada e o medo falando.
Os seus níveis de amor-próprio e de autoconhecimento impactam todas as áreas da sua vida e a sua saúde, não apenas a sua autopercepção. Portanto, aprender a identificar seus atributos positivos é uma questão que vai além do narcisismo ou egocêntrico, como se costuma pensar erroneamente.
As doenças da baixa autoestima
Nutrir emoções, pensamentos e percepções negativas sobre si mesmo é prejudicial para a longevidade e a qualidade de vida, não somente para a autoimagem. Desse modo, indivíduos com baixa autoestima correm maior risco de sofrer uma diversidade de doenças de caráter físico e psicológico.
Isso acontece porque pessoas incapazes de se amar e de se valorizar estão sempre tensas, estressadas e tristes. Assim, estimulam a produção de hormônios negativos, como o cortisol e a adrenalina, e a redução de positivos, como a serotonina e a dopamina.
Quantias inapropriadas desses hormônios causam uma série de desordens no corpo e na mente, além de enfraquecer o sistema imunológico.
As doenças que podem aparecer nesse cenário são:
- Fibromialgia;
- Doenças cardiovasculares;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Síndrome do pânico;
- Fobia social;
- Problemas gastrointestinais;
- Alergias de pele;
- Doenças respiratórias;
- Distúrbios alimentares;
- Acidente Vascular Cerebral (AVC); e
- Infarto.
A importância da autovalorização
Reconhecer os aspectos positivos da sua personalidade, assim como fazer uso deles para ter um melhor desempenho diário, é um dom das pessoas com autoestima elevada. Elas aprendem mais rapidamente, trabalham com afinco, têm mais amigos, se relacionam com parceiros bacanas e vivenciam uma sensação perene de bem-estar.
A felicidade tem grande capacidade de influenciar nossas conquistas e relacionamentos interpessoais. E um dos alimentos da felicidade é justamente a autoestima alta.
Por exemplo, imagine dois candidatos a uma única vaga. O primeiro candidato é confiante e demonstra o seu valor durante a entrevista de emprego enquanto o segundo não sabe o que destacar sobre si mesmo. Aliás, ele nem sequer acredita que possui chances de ser contratado.
É certo que o primeiro candidato causa uma impressão melhor. Ele pode não ter toda a experiência profissional necessária, mas acredita em si mesmo e sabe que pode aprender com o tempo. Já o segundo candidato não reconhece o que há de melhor nele mesmo, por isso, deixa a oportunidade passar.
Se você não souber o que tem para oferecer, como deixará os outros conhecerem os seus talentos? Ou, pior, como utilizará as suas qualidades para viver com alegria, obter sucesso, alcançar objetivos e outras tantas aspirações humanas?
Quando você tem conhecimento do melhor que existe em você, não tem medo do mundo. Valorizar qualidades, então, aumenta a confiança em si mesmo, a crença de merecimento, melhora os seus relacionamentos, eleva a felicidade e assim por diante.
Entenda que a autovalorização não está ligada somente à autoestima ou, como alguns acreditam, à falta humildade e pensamentos de grandeza infundados.
Os efeitos positivos de se valorizar se espalham pelos demais segmentos da sua vida, liderando o caminho para uma vivência diária com maior saúde mental, realizações e bem-estar emocional.
As possíveis causas da baixa autoestima
A baixa autoestima pode ser cultivada ao longo de anos, desde a infância até a terceira idade. Normalmente, é originada durante os primeiros anos de vida, motivada por acontecimentos, hábitos ou palavras marcantes.
Uma criança que cresce em um ambiente rígido onde os pais exigem determinados comportamentos, como perfeccionismo, e nunca estão satisfeitos com as conquistas dela tende a crescer com inseguranças.
Elas se multiplicam à medida que a criança se depara com outras ocasiões sociais, podendo reforçar suas crenças errôneas. Por exemplo, bullying na escola, abandono parental, superproteção dos pais ou palavras dolorosas.
Outras ocasiões que podem danificar o apreço por si mesmo são um relacionamento abusivo, uma demissão, uma ou mais rejeições amorosas, uma ou mais reprovações em provas, entre outros. Em outras palavras, são eventos que causam emoções negativas e modificam a perspectiva dos indivíduos sobre eles mesmos.
Perante esses acontecimentos, a pessoa não sabe como reagir, então, internaliza opiniões pouco favoráveis sobre ela mesma. A sua linha de raciocínio habitualmente é “se isso aconteceu comigo é porque sou incompetente”. Com o passar do tempo, esses pensamentos se transformam em verdades pessoais.
Esse é justamente o maior desafio do combate à baixa autoestima: a pessoa acredita que não possui qualidades e enaltece os seus defeitos. Dessa forma, é preciso fazer a ressignificação de suas crenças e das emoções oriundas dos eventos do passado.
Formas de valorizar as suas qualidades
Sem acompanhamento psicológico, o processo de ressignificação e de desconstrução de crenças é penoso. Revisitar lembranças não costuma ser agradável, especialmente quando atreladas a traumas. A pessoa com baixa autoestima, portanto, pode fazer terapia para reconstruir o amor por ela mesma.
Se você tem dificuldade para definir as suas qualidades e conquistas, não aceita muito bem elogios e se surpreende quando alguém gosta de você ou do seu trabalho, é provável que sua autoestima não esteja muito saudável.
Fazer terapia vai ajudá-lo a se apreciar e a se gostar por meio da autoaceitação. Além disso, crenças como “não posso errar nunca” ou “quem demonstra vulnerabilidade é fraco” são reavaliadas e substituídas por modos de pensar positivos.
Esse não costuma ser um processo indolor, mas conviver com uma autoperspectiva negativa tampouco é agradável. Todas as pessoas possuem qualidades, talentos e aptidões que merecem ser reconhecidas e valorizadas. Você não é exceção à regra.
Existem ainda algumas atitudes bastante simples que você pode adotar para aumentar a sua autoestima no dia a dia. Veja-as abaixo!
- Praticar o autoconhecimento periodicamente para identificar traços de personalidade e padrões comportamentais;
- Combater pensamentos negativos. Quando um devaneio desse tipo chegar à sua mente, imediatamente pense em algo bom;
- Não espere ser valorizado por terceiros para começar a se amar. Tenha uma opinião positiva sobre você independente de julgamentos;
- Afaste-se de pessoas tóxicas cujo único objetivo é fazê-lo se sentir inferior;
- Desenvolva métodos para administrar emoções intensas, como fazer caminhada, tocar um instrumento ou ligar para um amigo;
- Aprecie a sua história de vida como ela é. Todos os acontecimentos pelos quais você passou contribuíram, de certa forma, para você ser quem é hoje. Não se arrependa de tê-los vivenciado;
- Não espere que os seus relacionamentos amorosos sempre deem certo. Às vezes, uma relação é uma ponte para outra mais significativa;
- Distancie a sua individualidade das percepções da sua família. Você não é quem os seus pais querem que você seja, mas, sim, quem você quer ser;
- Aceite as rejeições e tropeços sem lutar contra eles. A negação não vai levá-lo a lugar nenhum. É melhor focar a sua energia em aprender com essas situações para não repetir os erros no futuro; e
- Orgulhe-se de quem você é. Se não gosta de uma característica de sua personalidade, pense em como você pode melhorá-la em vez de entristecer-se com a sua existência.
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Autor: psicologa Priscilla Mendes - CRP 06/93223Formação: A psicóloga Priscilla é graduada há quase 20 anos e é pós-graduada em Neuropsicologia pela faculdade FMU, realizou curso de extensão em Análise do Comportamento pelo Núcleo de Estudos Paradigma, é especialista em Grafologia pelo Instituto Grafológica de SP e extensões em Psicologia Analítica no IJEP
Parabéns!!…lendo esse texto me permitiu refletir. (fantástico)……em um momento delicado em minha vida.
Obrigado
Olá! Tudo bem?
Obrigada pelo seu comentário! Fico feliz que tenha gostado do conteúdo!
Abraços,
Psicóloga Thaiana