Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Isabela Magalhães Santos Fernandes - Psicólogo CRP 06/175414
Muitas pessoas acreditam que precisam ser produtivas o tempo inteiro. Suas ações e decisões precisam render resultados. Esses, por sua vez, devem ser excelentes. Se não estiverem produzindo ou se suas produções não trouxeram os resultados esperados, se consideram inúteis, insuficientes e de pouco valor.
Embora seja necessário definir objetivos para vivermos com motivação e sentirmos o gosto da autorrealização, a busca incessante por resultados pode ganhar proporções nocivas.
Segundos psicólogos, é preciso aprender a equilibrar as ambições e o autocuidado não apenas para ter saúde, mas como também para aproveitar as oportunidades e momentos bons ao máximo.
Você busca resultados incessantemente?
Você foca em obter resultados em tudo o que faz. Afinal, por que faria qualquer coisa senão ganhasse algo com isso? Estudar, trabalhar, aprender habilidades, iniciar projetos… Tudo têm um propósito e ele precisa ser cumprido.
Essa mentalidade não está errada. Pelo contrário, se planejar e tomar atitudes para conquistar os resultados desejados em um determinado segmento da sua vida é uma forma de espantar o marasmo e sair da zona de conforto.
Se você não estiver atento, no entanto, você pode ultrapassar a linha tênue entre o saudável e o doentio. Os primeiros indicativos disso são o acúmulo do estresse e a dificuldade para ficar satisfeito com o seu próprio trabalho, além da falta de tempo para pessoas queridas e atividades de lazer.
Não importa o que você faça, você não consegue ficar feliz com os resultados. Consequentemente, está sempre procurando novas maneiras de alcançá-los, novos projetos capazes de despertar o seu interesse e novos recursos para atualizar as suas habilidades e conhecimento.
Novamente, essas atitudes não apresentam risco à saúde mental quando não se aproximam de excessos. É normal ficar cansado e estressado ocasionalmente. Quando o motivo da preocupação passa, a tendência é retornar ao estado mental de tranquilidade ou, pelo menos, de contentamento. Se isso não acontecer, pode ser que você precise repensar os seus hábitos e crenças acerca da produtividade.
Confira outros sinais de que a busca por resultados se tornou insustentável são:
- Foco excessivo em produzir, levando à negligência das necessidades básicas, como se alimentar ou dormir;
- Ter expectativas irreais sobre si mesmo, a qual consequentemente causa frustração quando elas não são correspondidas;
- Inquietação;
- Sensação de estar perdendo tempo quando não está produzindo ou pensando em produzir;
- Tentar realizar mais projetos do que dá conta;
- Dificuldade para dizer ‘não’;
- Propensão ao estresse e à propensão emocional;
- Ansiedade; e
- Diálogo interno negativo.
Se identificou com um ou mais dos fatores listados acima? Você pode estar preso em um ciclo de buscas incessantes por resultados sem ter percepção disso.
De onde vem a necessidade incessante de buscar resultados?
O incentivo a buscar resultados está enraizado em nossa sociedade atual e possui diversas fontes. Nem sempre o indivíduo aprende esse comportamento em casa. Ele pode adquirir essa mentalidade mediante experiências de vida e perpetuá-la em razão de ocasionais feedback positivos.
Separamos as causas mais comuns para a necessidade incessante de buscar resultados abaixo. Veja se você se identifica com algumas das situações!
1. Ambiente familiar
A criança que cresce no ambiente familiar em que a produtividade e a busca por resultados positivos é incessantemente incentivada costuma se tornar um adulto obcecado por produzir. Ele precisa sempre estar fazendo alguma coisa para se sentir útil para o mundo e valorizado pelas pessoas.
A associação do valor pessoal à capacidade de produção de um indivíduo é uma das características da produtividade tóxica, muito comum entre quem busca resultados incessantemente. Por essa razão, a falta de resultados satisfatórios pode causar baixa autoestima e até gerar aversão por si mesmo.
2. Ambiente profissional
O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, lotado de pessoas com as mesmas competências e graduações. A diversidade de profissionais requer que as empresas estabeleçam múltiplos critérios para encontrar os candidatos ideais.
Assim, a pressão para corresponder a eles pode facilmente deixar os profissionais ansiosos e desgastados.
Já dentro da empresa, o profissional precisa responder às demandas do ambiente de trabalho e às expectativas dos chefes. As cobranças para produzir em grande quantidade e sempre mais rápido do que o dia anterior estão entre as causas mais comuns do esgotamento profissional.
3. Ambiente escolar e acadêmico
A mesma situação se repete no ambiente escolar.
As crianças e os adolescentes recebem incentivos dos pais para estudarem uma série de assuntos que ainda não lhe são úteis por conta da idade. Da mesma forma, são encorajados a buscar a excelência em diversas áreas do conhecimento. O tempo para eles se dedicarem ao seu desenvolvimento pessoal acaba se tornando escasso.
É comum que essas crianças e adolescentes construam a sua personalidade com base nas reações dos outros às suas conquistas. Então, passam parte de sua vida adulta tentando recriar os mesmos elogios e celebrações.
O mesmo acontece com estudantes universitários. Além de se preocuparem com a quantidade de compromissos acadêmicos, como artigos e projetos, ainda precisam dar atenção ao autocuidado e responder às cobranças de professores e pessoas próximas.
4. Fuga
O foco demasiado em obter resultados positivos pode ser um mecanismo de defesa criado em um momento de apuro. Para fugir do desconforto emocional causado por uma situação estressante, as pessoas se jogam no trabalho. Conseguem evitar pensar no assunto por algumas horas e aliviar a tensão acumulada com o passar dos dias.
O problema dessa postura é que os problemas não vão embora somente porque fingimos que eles não existem. Pelo contrário, eles podem se agravar e causar sofrimento por um longo período.
O risco da cultura da busca incessante por resultados
A cultura da produtividade a qualquer custo pode gerar problemas tanto para a saúde mental quanto a saúde física.
A ansiedade é uma das principais consequências negativas dessa cultura. Ao se pressionarem e receberem cobranças de terceiros para entregar os melhores resultados, as pessoas começam a temer as emoções ruins provenientes dessa situação. Elas também ficam ansiosas ao esperar pelo feedback sobre o seu trabalho.
Focadas demais em produzir, essas pessoas se forçam a ultrapassar os seus limites e ignorar necessidades básicas para concluir trabalhos. Essa postura de negligência consequentemente gera estresse.
Essa é uma consequência preocupante visto que o estresse contribui para o desenvolvimento de problemas de saúde, como depressão, pressão alta, alergias de pele, gastrite, insônia, entre outros.
Conflitos familiares e conjugais também são riscos comuns que essa cultura desperta. Pessoas focadas somente em produzir tendem a negligenciar os entes queridos para concluírem o seu trabalho. Os laços interpessoais precisam ser constantemente nutridos para se manterem saudáveis.
Quando isso não acontece, uma das partes do relacionamento pode se sentir pouco importante e começar a se perguntar se estão satisfeitas com a relação. Cobranças para que mudanças sejam feitas começam a ser feitas e o indivíduo ocupado pode ter dificuldade para equilibrar a sua vida pessoal e profissional.
Como buscar por resultados de maneira saudável?
Como combater a produtividade tóxica, que leva as pessoas a se esquecerem de si mesmas e basearem as suas opiniões na validação alheia? Separamos algumas dicas que podem ser facilmente aplicadas no seu dia a dia.
- Estabeleça objetivos realistas: defina objetivos que você sabe que consegue cumprir dentro de um tempo hábil e com base nas suas competências. Ou seja, você não precisará fazer esforços monumentais em um curto prazo. Para um objetivo ser bom, você precisa sentir que é capaz de cumpri-lo.
- Faça pausas: o descanso não é uma exclusividade do fim de semana. Você precisa descansar durante a semana também e, preferencialmente, nos dias em que estiver muito estressado.
- Defina limites entre a vida pessoal e profissional: pode ser complicado identificar os limites que você precisa definir para não deixar a sua vida profissional (ou acadêmica) influenciar demasiadamente a sua vida pessoal. Então, faça uma breve reflexão sobre os elementos que prejudicam a qualidade da sua vida em casa. Ao identificá-los, defina limites sólidos, como dizer não quando necessário.
- Pratique técnicas para reduzir o estresse: o estresse nos acompanha no dia a dia e dificilmente essa realidade mudará. Assim, é nosso dever aprender a gerenciá-lo. Meditar, caminhar, praticar um hobby que desperta prazer e expressar os seus sentimentos através da escrita são algumas das coisas que você pode fazer.
- Cuide da sua autoestima: se você só se sente bem na sua própria pele quando recebe validação, está na hora de focar em construir a sua autoestima. O seu valor não está associado ao que você faz!
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