Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Rosana Tamyres Ferreira - Psicólogo CRP 06/139956
Todas as pessoas têm momentos de carência. Do nada uma vontade de ficar junto de alguém especial ou de ter um amigo para todas as horas pode surgir e dar asas a fantasias. Mesmo quando você tem pessoas maravilhosas na sua vida, você pode acordar se sentindo mais carente um dia e permanecer com esse sentimento por um breve período.
O problema é quando a carência interfere na sua qualidade de vida, gerando conflitos em seu trabalho e relacionamentos interpessoais. Psicólogos explicam que o excesso desse sentimento também costuma danificar a autoestima e dar origem a uma série de percepções negativas sobre a sua personalidade.
Por que as pessoas se tornam carentes?
Algumas pessoas são mais carentes do que outras. Elas sentem uma necessidade inexplicável de receber atenção de outras pessoas. A partir do momento em que esse sentimento começa a trazer empecilhos para as suas vidas, é preciso parar e refletir de onde vem tamanha carência.
As necessidades dos seres humanos emergem das crenças formadas no começo da vida acerca do que acreditam ser necessário para a sua sobrevivência. Neste contexto, a carência, a necessidade de estar sempre com o outro ou no foco da atenção do outro, surge como mecanismo de sobrevivência.
Crianças que têm experiências sociais negativas na infância podem tanto se afastar das pessoas quanto se apegar a quem lhe estendeu a mão naquele momento. Assim, podem nutrir a crença de que precisam dos outros para superar adversidades e se sentirem bem consigo mesmas, tornando-se adultos carentes.
Além da carência excessiva, existe o medo de ficar sozinho e não saber como lidar com as situações da vida. As pessoas carentes não costumam confiar em suas próprias competências e, por isso, temem não ter a quem recorrer quando precisarem tomar decisões importantes ou lidar com uma ocasião estressante.
Características das pessoas carentes
As pessoas carentes acreditam que precisam do reconhecimento, admiração, respeito, ajuda e apoio de terceiros para conseguirem seguir adiante com as suas vidas, mas não costumam saber ao certo como conseguir tanta validação. Na busca para alcançar esse objetivo, elas expressam certos comportamentos.
Em seguida, confira algumas das características mais comuns das pessoas carentes.
1. Elas possuem necessidade estar perto de pessoas
Pessoas carentes procuram sempre estar perto de outras pessoas. Elas costumam ter muita proximidade com seus familiares, amigos e cônjuge. Além da necessidade da presença física, sobretudo em ambientes movimentados, elas gostam do contato físico, como abraços e beijos.
Como têm dificuldade para aproveitar a própria companhia, começam a ficar ansiosas e podem até alimentar pensamentos negativos a respeito de si mesmas quando passam muito tempo longe das pessoas, bem como quando não são o foco da atenção alheia.
2. Elas estão sempre em busca de aprovação
A busca pela aprovação alheia também é constante. Ela se manifesta de diversos comportamentos, como pedir opiniões antes de tomar qualquer decisão ou fazer alguma mudança, reagir negativamente às críticas e modificar condutas, o estilo de se vestir e até o modo de falar para agradar os outros.
A certeza e a confiança das pessoas carentes nascem a partir da opinião alheia, o que pode levá-las a ter comportamentos que desgostam somente para se encaixarem no molde definido pelos outros.
Aliás, essa postura é muito comum em relacionamentos abusivos. O cônjuge que sofre os abusos depende demasiadamente da opinião e da presença do parceiro. Se não recebe a aprovação desejada, muda o seu jeito de ser até acertar. Entretanto, o outro raramente se satisfaz e, quando o faz, logo inventa outro tipo de cobrança.
3. Elas não assumem responsabilidade pela própria vida
Pessoas carentes também possuem dificuldade para assumir a responsabilidade por suas ações. Elas tendem a reagir aos acontecimentos em vez de participar ativamente deles, esperando que alguém ou alguma coisa aconteça para salvá-los.
Da mesma forma que elas buscam a aprovação alheia para se sentirem em paz consigo mesmas, elas procuram os outros para resolver os seus problemas. Quando não encontram alguém ou quando os outros não conseguem ajudá-la, elas convivem com o problema.
Se a pessoa carente está passando por um momento complicado, por exemplo, ela opta por empurrar o desânimo ou a tristeza com a barriga do que tomar uma atitude para mudar a sua realidade. Assim, prolongam o próprio sofrimento por tempo indeterminado.
4. Elas buscam um ombro amigo em todo lugar
A carência encoraja a pessoa a buscar ‘ombros amigos’ em todos os lugares, mesmo quando ninguém mostra o interesse em ser um. Elas anseiam por atenção, então frequentemente reclamam sobre as suas vidas, se lamentam por acontecimentos, enfatizam a sua dor e/ou desconforto quando estão doentes ou feridas, e tentam puxar o foco da conversa para si mesmas.
Elas esperam receber aprovação, apoio ou consolo ao terem essas atitudes. Porém, nem sempre conseguem o que desejam. Essas condutas podem facilmente chegar a um patamar sufocante e afastar outros indivíduos, dificultando a consolidação de amizades e relacionamentos afetivos.
Por mais que a maioria dos indivíduos se sinta bem ao dar carinho e apoio a quem eles amam, fazer isso o tempo inteiro pode gerar esgotamento emocional. Normalmente, as pessoas carentes não conseguem fornecer a mesma quantidade de carinho quer recebem aos outros. Essa relação desarmônica pode se tornar insustentável com o passar do tempo.
5. Elas são ciumentas
O ciúme é outra característica predominante das pessoas carentes. Qualquer pessoa está suscetível a ter ciúme ou, ainda, ter uma crise de ciúme. Porém, a carência costuma a ser um catalisador para esse sentimento.
Quando estão em um relacionamento sério, quem é carente fica enciumado ao ver parceiro dando atenção a outras pessoas, especialmente se é alguém que desperta a sua insegurança por alguma razão.
Parte desse comportamento está ligado à insegurança. A pessoa carente costuma alimentar pensamentos autodepreciativos acerca do seu relacionamento, como ‘não mereço o meu parceiro’ ou ‘não sou bom o suficiente para ele/ela’. Assim, sente que a pessoa amada pode ser tirada dela a qualquer momento.
O ciúme é um sentimento que domina as pessoas com facilidade, conduzindo-as a ter atitudes que não teriam no dia a dia ou a falar coisas das quais se arrependem depois. Sem perceber, o ciumento contribui para o seu maior medo: o fim do relacionamento.
6. Elas estão sempre namorando ou em busca de alguém
Pessoas carentes tendem a mudar de parceiro com frequência. Elas podem tanto ter relacionamentos casuais quanto engatar namoros um após o outro.
Como a carência excessiva e o ciúme costumam causar atritos no relacionamento, términos podem ser recorrentes. Sem saber o que fazer para se sentir bem após o fim da relação, a pessoa carente logo procura outro cônjuge.
A probabilidade de encontrar um parceiro tóxico é maior, pois o único requisito da pessoa carente costuma ser alguém capaz de satisfazer a sua necessidade por atenção. Além disso, os términos causam angústia, levando-a a crer que nunca encontrará alguém compatível.
Essa busca praticamente eterna por um parceiro causa muito sofrimento (ainda que ela não perceba) e a impede de aprender a desfrutar da própria companhia.
7. Elas são ansiosas
As pessoas carentes são mais ansiosas do que as que não possuem problemas com carência. Elas se preocupam em demasia se estão sendo bem-vistas por quem gostam ou se estão prestes a ser abandonadas. Do mesmo modo, passam muito tempo pensando em como encontrar novas maneiras de chamar atenção para se sentirem aceitas ou amadas.
Elas também costumam colocar as necessidades dos outros acima das suas, mas, como não conseguem ter 100% de certeza do que os outros querem, ficam inquietas enquanto especulam.
As preocupações alimentam a ansiedade em relação ao futuro dos seus relacionamentos, deixando a pessoa carente em estado constante de alerta. A influência dessa carga elevada de estresse pode aparecer na forma de enxaquecas, mal-estar generalizado, pensamentos pessimistas, incômodos gastrointestinais e alergias de pele.
Como lidar com a carência?
Se você percebeu muitas características mencionadas em seu próprio comportamento, reflita de onde vem a necessidade de receber a atenção de outras pessoas. Por que a opinião dos outros faz com que você se sinta bem e a sua opinião sobre si mesmo não? Questionamentos como esse o ajudam a chegar no ‘X’ da questão. Você também pode buscar a razão da sua carência e aprender a lidar bem com esse sentimento na terapia. O psicólogo é o profissional indicado para guiá-lo em sua jornada de autoconhecimento com o devido cuidado e respeito às suas limitações.
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Muitíssimo bom
Obrigado
Olá, fico feliz que tenha gostado do conteúdo. Obrigada pelo seu comentário. Abraços
Obrigado pelo artigo, muito bom thaiana, abraço y
Olá José, fico feliz que tenha gostado do conteúdo. Obrigada pelo seu comentário. Abraços
Maravilhoso seu artigo, muito obrigado
Olá! Obrigada pelo seu comentário. Ficamos contentes que tenha gostado do conteúdo.