Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Kamilla Giacomassi - Psicólogo CRP 06/84766
Você já deixou de fazer algo por causa de outras pessoas? Ou por que o que você quer não está de acordo com as expectativas alheias? As pressões sociais podem fazê-lo mudar as suas escolhas e objetivos de vida para se encaixar em padrões pré-estabelecidos por terceiros.
As pessoas são ensinadas a viver de acordo com a cultura predominante na sociedade e no ambiente familiar. Alguns ensinamentos podem entrar em conflito com as crenças, opiniões e aspirações construídas conforme as experiências de vida de cada indivíduo. Assim, originam-se conflitos internos e sofrimentos variados, os quais podem interferir em suas escolhas.
Não raro quem cede às pressões sociais torna-se insatisfeito com a sua vida e sente-se inadequado no trabalho, na cidade onde mora e até com o parceiro que escolheu.
O que são pressões sociais?
‘Pressão social’ é o nome dado às cobranças da sociedade. Familiares, amigos e parceiros também podem nos pressionar conforme as exigências do ambiente exterior, dificultando resistir a elas.
São várias as pressões que sofremos do meio onde vivemos.
Determinados estilos de vida, traços de personalidade e carreiras são supervalorizados na nossa sociedade. A decepção e a frustração com você mesmo podem surgir quando essas expectativas não são correspondidas, principalmente quando o mesmo é esperado pela família e o parceiro.
Por exemplo, é esperado que adolescentes ingressem em uma universidade prestigiosa. É esperado que jovens adultos se formem e imediatamente encontrem um trabalho cujo salário é capaz de cobrir todas as suas despesas. É esperado, ainda, que os homens sejam o provedor principal da casa e as mulheres cuidem dos filhos. Mas e se a vontade de se adequar a esses papéis não existir?
Para algumas pessoas, essas “exigências” bem como a ideia de ceder a elas podem não fazer sentido nenhum. Mas há quem se sinta obrigado a corresponder a elas para satisfazer terceiros ou a si mesmo.
Embora a maioria tente ficar alerta para influências que vêm de fora, não é simples driblar as cobranças do ambiente onde estamos inseridos 24 horas por dia.
Como as pressões sociais prejudicam a saúde mental?
Quando a criança não é ensinada a preservar a sua autenticidade e cuidar da autoestima, a probabilidade de se tornar um adulto que cede às pressões externas é alta.
Os seus sonhos podem ser colocá-los em segundo plano para que persiga uma vida considerada “apropriada” aos olhos de terceiros. A falta de apoio de pessoas próximas incentiva esse comportamento e, consequentemente, colabora para a insatisfação com a vida.
Ignorar os seus desejos para corresponder aos de outras pessoas ou da sociedade causa muita infelicidade. Pode até ser considerada uma forma de autopunição devido ao grande desconforto e estresse que se originam dessa decisão.
Negar o que você quer leva à frustração, tristeza e angústia. É necessário inventar muitas desculpas para si mesmo para conseguir sustentar um estilo de vida indesejado e, em algum momento, elas podem sobrecarregá-lo. Problemas físicos e emocionais podem surgir, reduzindo drasticamente a qualidade de vida.
Ceder às pressões sociais também causa inveja das pessoas que possuem a vida que você gostaria de ter. Esse sentimento ruim cresce quando você esbarra com esses indivíduos pessoalmente ou ouve histórias sobre a vivência de outras pessoas.
O pensamento de recomeçar e possivelmente desapontar os familiares e o parceiro pode preocupá-lo. Do mesmo modo, os passos necessários para fazer isso podem representar um desafio demasiadamente complicado. Mas correr esse risco é melhor que passar a vida inteira desejando ter outra vida, certo?
Viver de acordo com as próprias expectativas gera felicidade
Quando nos permitimos seguir a carreira desejada, viver onde e como quisermos, e escolhermos o parceiro mais adequado à nossa personalidade, a felicidade é facilmente encontrada.
Resistir e confrontar pressões sociais, especialmente quando são incentivadas por pessoas amadas, pode resultar em julgamentos e desaprovações. É verdade que ser julgado causa sofrimento e, ocasionalmente, danifica laços de amizade e familiares. No entanto, como dito, o sofrimento sentido por não viver de acordo com as próprias expectativas é muito maior.
Fazer os enfrentamentos necessários para reivindicar a própria vida normalmente exige muita força e assertividade. Ter recaídas ao longo do caminho é esperado já que dúvidas sobre ter feito a escolha certa costumam atormentar a pessoa que confronta as pressões sociais. Todavia, percorrer esse caminho é essencial para recuperar a qualidade de vida.
O acompanhamento psicológico pode ajudar tanto durante o processo de recomeço e de desligamento de crenças prejudiciais quanto para manter-se forte diante dos julgamentos. Comentários desagradáveis podem ser ouvidos com frequência, seja dentro ou fora de casa.
Entretanto, eles não devem interferir na decisão de quem está determinado a encontrar a felicidade no dia a dia. Sempre que a tristeza bater, é preciso se lembrar do seguinte: a única pessoa com quem você conviverá em todos os instantes da sua vida é você mesmo.
Então, faz sentido que o esforço feito para agradar a si mesmo seja mais expressivo. Caso contrário, a convivência consigo mesmo se tornará insuportável.
Como enfrentar as pressões sociais?
É fundamental ficar atento para a influência das pressões sociais em sua vida. Se elas tomarem conta de suas decisões e ditarem os seus comportamentos, podem causar danos graves a sua saúde mental.
Logo, você deve dedicar tempo para refletir sobre quais aéreas da sua vida são as mais afetadas pelas exigências do meio e como estão sendo prejudicadas por elas.
De acordo com a vivência de cada um, o processo para libertar-se das cobranças alheias e ser você mesmo pode ser mais ou menos complicado. Para tornar essa jornada menos árdua, você pode seguir as orientações abaixo.
Porém, caso você sinta a necessidade de um apoio mais substancial e quiser livrar-se de dúvidas enraizadas em seu interior, a terapia pode ajudá-lo. Através dela, os pacientes adquirem autoconhecimento e compreendem as suas emoções. Os esclarecimentos do psicólogo também podem ser úteis para fortalecê-lo em sua jornada por autenticidade.
1. Reflita sobre a sua vida
Identifique as decisões influenciadas pelas pressões sociais em sua vida. Elas podem ter incentivado a escolhe por sua graduação, trabalho, moradia, parceiro, amigos, aparência e estilo. Enfim, basicamente todos os aspectos da nossa vida podem receber influências do meio.
Normalmente, o segmento da sua vida que lhe causa mais sofrimento é aquele que não corresponde com os seus verdadeiros gostos.
Depois, imagine como você gostaria que a sua vida fosse. Se você não tivesse que agradar ninguém ou seguir nenhuma regra social, como você viveria? Essa fantasia vai ajudá-lo a descobrir exatamente quais são os pontos que precisam das mudanças mais urgentes.
2. Fortaleça a sua autoconfiança
O segundo passo é confiar em si mesmo acima de tudo. As incertezas são tanto sinais da falta de informação quanto da ausência de autoconfiança. Se você confia em si mesmo, não duvida das suas decisões nem dos seus desejos.
Você pode buscar mais conhecimento em outros lugares e com outras pessoas, é claro. A diferença entre as pessoas confiantes e as inseguranças é que as primeiras sabem quando aceitar e aplicar um conselho enquanto as segundas os seguem cegamente.
3. Eleve a sua autoestima
É tentador comparar o nosso sucesso (ou a ausência dele) com o de outros indivíduos. Todavia, se todas as pessoas são únicas, esse hábito não faz sentido, concorda?
Fortalecer a autoestima é vantajoso para inúmeras situações, então comece a valorizar os seus pontos fortes e traços de personalidade desde hoje. Diga a si mesmo o quanto é importante, atraente, habilidoso e inteligente todos os dias.
Dessa forma, quando alguém fizer um comentário maldoso, você não se sentirá mal ou se questionará se há razão no que foi dito. A autoestima elevada blinda as pessoas contra a negatividade, inveja e pressões sociais.
4. Determine o que é melhor para você
Após refletir sobre quais pontos da sua vida precisam ser modificados para assegurar a sua felicidade, defina quais os melhores caminhos para você sem medo. Afinal, somente você sabe o que lhe agrada e desagrada.
Quer mudar de profissão? Quer fazer outra faculdade? Quer adiar o casamento por alguns meses? Quer terminar e ficar solteiro um tempo, ou procurar um parceiro que tem mais a ver com você? Quer ter um estilo de vida mais frugal ou confortável? Faça isso!
Familiares, amigos e até desconhecidos podem chamá-lo de louco ou de irresponsável, mas não dê ouvidos a comentários sem utilidade. Tenha confiança em si mesmo e coloque a sua felicidade em primeiro lugar.
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Autor: psicologa Kamilla Giacomassi - CRP 06/84766Formação: A psicóloga Kamilla Giacomassi é formada Universidade Presbiteriana e possui uma especialização em andamento em Psicanálise pela AEP. Atua em demandas como síndrome do pânico, TDAH (Transtorno de Déficit e Atenção e Hiperatividade), fobias, lutos, entre outras.