Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Yasmin Ramos Torres - Psicólogo CRP 06/163775
Você já ouviu falar em gamofobia? Talvez não especificamente com esse nome, mas certamente você conhece alguém que tem um medo intenso de se comprometer em um relacionamento sério, como, por exemplo, em um casamento.
Para muitas pessoas, o compromisso é um passo natural em suas vidas amorosas, mas, para quem sofre de gamofobia, a simples ideia de um envolvimento mais profundo pode desencadear crises de ansiedade e até mesmo de pânico.
Nesse artigo, abordaremos as causas, os sintomas e as possíveis formas de tratamento desse tipo de fobia, te ajudando a entendê-la melhor. Boa leitura!
O que é gamofobia?
A gamofobia é uma condição de saúde mental caracterizada pelo medo de compromissos sérios, especialmente os relacionados ao casamento ou relacionamentos de longo prazo.
Mas não é qualquer medo! Quem sofre dessa fobia, possui tanto pavor quando o assunto é casamento.
Por isso, evita se envolver em relações mais profundas ou se afasta quando sente que o relacionamento está ficando mais sério.
Sabemos que a ideia de compromissos pode gerar certa apreensão em muitas pessoas, contudo, o indivíduo com gamofobia vive níveis de ansiedade extrema e desconforto só de pensar em comprometer-se com alguém.
Por isso, diferente de uma hesitação comum ou receio natural, a gamofobia pode interferir na capacidade de estabelecer relacionamentos saudáveis, atingindo diretamente a vida pessoal e afetiva de um indivíduo.
Quais são as causas do medo excessivo de se relacionar?
O medo excessivo de se relacionar, ou até mesmo, o “medo de casar”, como ocorre na gamofobia, pode ser causado por diversos fatores.
Entre os mais comuns pode-se citar as experiências traumáticas vividas ou presenciadas no passado, tais como relacionamentos abusivos ou divórcios dolorosos, os quais são capazes de gerar um receio profundo de sofrer novamente.
Ademais, questões psicológicas como a baixa autoestima, o medo de rejeição ou do abandono ou, ainda, o comprometimento com a liberdade pessoal também podem contribuir para o desenvolvimento dessa fobia.
Por fim, há quem defenda que exista uma predisposição genética como causadora de tal condição, além de fatores culturais e sociais que “impõem” a existência de relacionamentos perfeitos, podendo intensificar o medo e criar uma barreira emocional.
Quais são os sinais e sintomas da gamofobia?
Os sinais e sintomas da gamofobia podem variar de pessoa para pessoa, porém, no geral, abrangem uma forte ansiedade ao pensar em se casar ou em assumir um compromisso sério com a outra pessoa.
Entre os sintomas físicos mais comuns estão:
- Ataques de pânico
- Palpitações
- Sudorese
- Náuseas
- Choro
- Dificuldade em respirar
É comum que o indivíduo com essa condição de saúde mental evite discussões sobre o futuro da relação ou termine relacionamentos antes que eles se tornem vínculos mais firmes.
A pessoa também pode:
- Evitar conversas sobre o futuro do relacionamento.
- Sentir um medo irracional de perder a liberdade ou autonomia.
- Se distanciar emocionalmente quando o parceiro começa a demonstrar sinais de querer algo mais sério.
Por isso, em casos mais graves, ela pode até mesmo preferir permanecer solteira ou evitar completamente qualquer tipo de vínculo amoroso.
Receio ou fobia de se relacionar: entenda as diferenças
É natural e até normal sentir algum receio diante de um compromisso amoroso sério, principalmente quando envolve mudanças significativas na vida. Então, é importante saber diferenciar o receio comum da fobia.
Nesse sentido, o receio de se relacionar no geral está ligado a inseguranças normais, a exemplo do medo de rejeição ou de perder a individualidade. No entanto, isso é algo que tende a ser superado com o tempo ou com o diálogo.
Já a gamofobia é uma fobia real, caracterizada por um medo irracional e debilitante de assumir um compromisso, provocando sintomas físicos e emocionais intensos e levando a pessoa a evitar relacionamentos amorosos mais sérios.
Logo, vale ressaltar que, enquanto o receio pode ser comum, a gamofobia demanda uma maior atenção psicológica para ser superada.
Como é realizado o diagnóstico da gamofobia?
O diagnóstico da gamofobia é realizado por um profissional de saúde mental, tal como um psicólogo ou psiquiatra, após uma avaliação clínica detalhada.
O processo envolve a análise dos sintomas, do histórico de vida e das experiências do paciente, além da aplicação de questionários que ajudem a identificar a intensidade do medo intenso de “casar” ou de assumir um compromisso parecido.
É importante descartar outras condições psicológicas que possam estar relacionadas, como transtornos de ansiedade ou fobias sociais.
Quais são os tratamentos para essa condição?
É bem comum que o tratamento da gamofobia envolva a psicoterapia, de modo que, uma das abordagens mais eficazes e utilizadas é a terapia cognitivo-comportamental (TCC).
Ela ajuda o paciente a identificar e modificar os pensamentos e comportamentos que alimentam o medo de compromissos sérios.
Em alguns casos, o uso de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos também pode ser prescrito para controlar os sintomas mais intensos.
No mais, a terapia de exposição gradual a situações que envolvem compromisso pode ser utilizada para dessensibilizar o medo. E ainda, o apoio de amigos, familiares e um parceiro compreensivo também pode ser essencial para o processo de superação.
Como vencer a gamofobia?
Apesar de parecer difícil para muitas pessoas acometidas pela gamofobia, superar esta condição é possível se forem utilizadas as técnicas adequadas, o que melhora a possibilidade de lidar com medo de compromissos sérios.
Aqui estão algumas dicas que podem te ajudar a vencer essa fobia:
- Reconheça o medo: Admitir que você tem dificuldade em lidar com compromissos sérios é o primeiro passo para a mudança.
- Busque apoio terapêutico: A terapia pode te ajudar a identificar as causas do medo e oferecer as melhores técnicas para enfrentá-lo de maneira saudável.
- Comunique-se com o parceiro: Ser honesto quanto aos seus medos pode fortalecer o relacionamento e criar um ambiente de compreensão mútua.
- Trabalhe a autoconfiança: Aprender a se valorizar e a lidar com a insegurança é fundamental para superar a fobia de se comprometer.
- Enfrente o compromisso aos poucos Não precisa ser tudo de uma vez, estabeleça metas pequenas e passe a se sentir aos poucos mais confortável com a ideia de um compromisso sério.
- Reflita sobre experiências passadas: Analise relacionamentos anteriores e busque identificar padrões de comportamento que possam estar relacionados ao medo.
- Desenvolva uma visão mais realista do compromisso: Tente desmistificar a ideia de que compromissos são uma perda de liberdade. Entenda que eles podem trazer benefícios emocionais e crescimento pessoal.
Por isso, essas dicas são excelentes opções capazes de te ajudar a reduzir a ansiedade associada à gamofobia e a promover relacionamentos mais saudáveis, firmes e duradouros.
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